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Oi Gente!

Tarda mas não falha por aqui! Hoje vim contar detalhadamente sobre nossa experiência no cruzeiro pelo Rio Nilo. Vou falar sobre o Navio, a rota, as paradas, os perrengues e tudo mais que você precisa saber na hora de fechar sua viagem ao Egito, bem como detalhar os primeiros 2 dias do cruzeiro.

Como são muitos templos e muita informação, resolvi dividir esta primeira parte do cruzeiro que passa por LUXOR em 2 dias de visita, assim não fica extenso demais para ler.

Como já comentei nos dois primeiros posts da série sobre o Egito, o país se desenvolveu ao longo do Rio Nilo, por causa de suas margens férteis. O resto do país é muito deserto. Por ser um país extenso e os seus templos e atrações ficarem espalhados ao longo do rio, a melhor forma de conhecer todos os pontos turísticos famosos fora do Cairo é fazendo um cruzeiro pelo Nilo.

Eu confesso que eu tinha muita vontade de fazer essa viagem, esta coisa meio exótica de fazer um cruzeiro pelo Egito, com pôr do sol laranja e montanhas desertas de fundo, sempre me atraiu.

Sempre quis fazer esta viagem e ver paisagens assim!

Para mostrar também a realidade, nas margens, passamos por várias cidades/ vilas super simples e pobres, então apesar de monumentos lindos e históricos, existe também a parte da realidade.

O que acho que acontece muito hoje em dia é que, como todas as viagens, esta foi super democratizada e nem todos os cruzeiros são aquele glamour que você espera quando pensa num cruzeiro pelo Nilo. Vocês sabem que sou de mostrar as coisas como realmente são, então sem romantizar esta parte!

Nosso navio era bem básico, e na hora que fechei meu pacote, eu sabia disso. Na verdade recebemos exatamente por aquilo que pagamos. Eu não estava disposta a gastar mais, mas penso que, se fosse refazer essa nossa viagem, teria repensado o navio e investido pelo menos um pouco mais, visto que se fica bastante tempo nele e todas as refeições nestes dias são dentro da embarcação. No meu caso, não levei tanta sorte, portanto, ou você vai sabendo como eu, ou então, se estiver disposto e com orçamento disponível, faça um upgrade de navio.

Rota do Cruzeiro pelo Rio Nilo

É possível fazer o cruzeiro de duas formas: saindo de Luxor até Aswan ou de Aswan até Luxor.

Principais atrações do cruzeiro pelo Rio Nilo

Principais atrações do cruzeiro pelo Rio Nilo

Roteiro do Cruzeiro de Luxor até Aswan

Roteiro do Cruzeiro de Luxor até Aswan

Na primeira opção você passa 4 noites à bordo e conhece Aswan embarcado, isto é, dormindo e comendo no Navio.

Já na segunda opção, você voa até Aswan, conhece a cidade e dorme 3 noites no Navio. Assim pode ficar em Aswan fora do navio por pelo menos uma ou duas noites, o que eu acho que teria sido ideal.

Eu confesso que eu não me informei sobre o roteiro do Navio antes de ir, o que valia mais à pena, entendem? Não li muito sobre, achei apenas que se eu dormisse 4 dias no navio, veria mais atrações por causa deste dia a mais e o roteiro seria menos corrido. Porém, se eu fosse refazer a viagem, ou indica-la pra alguém (como estou fazendo aqui pra vocês), eu faria o caminho inverso, voando até Aswan.

O motivo pelo qual eu faria isso é porque eu gostaria de ter dormido pelo menos uma noite no histórico e tradicional Sofitel Legend Old Cataract (conto mais dele depois), e também ter tido a oportunidade de explorar mais a cidade além dos domínios do tour, comer comida que não fosse do navio, visitar mercadinhos, entendem? Coisas que uma Natalia aventureira adora e que acho que ficam faltando quando praticamente tudo que você faz é com guia e roteiro organizado.

Essa minha opinião pode ter a ver com eu não ter achado o meu navio um “must”? Pode sim, mas isso também falarei mais adiante.

Porém, vale deixar a dica de que se você ficar 3 ou 4 noites embarcado, o roteiro será o mesmo, apenas com uma configuração diferente. Acho que vale você pensar o que faz mais sentido pra você e o que tem mais o seu perfil!

Nosso Navio

Vou começar mostrando nosso navio, o Steigenberger Regency, que pelo nome e se for ver as fotos no Booking.com, parece ser bem luxuoso, mas não é. Na verdade acredito se encaixar em uma categoria intermediária de navios.

Nosso navio visto de fora.

O que menos me incomodou no navio foi o quarto e o fato de ser simples e com móveis antigos ou a estrutura básica, pois isso já era esperado.

Nosso quarto no navio!

Banheiro compacto, mas completo!

Bar na parte de fora do navio. Não vendia nenhum lanche ou comida extra.

No fim dos passeios, durante a navegação, dava tempo de pegar um sol e curtir a piscina no navio! Paisagem super linda!

O que achei pior foram as opções gastronômicas ou a falta delas entre as refeições principais. Não tinha nenhuma opção de lojinha com conveniência e o barco também não vendia snacks entre as refeições, o que nos deixava meio presos a olhar algum mercadinho depois dos passeios. No Egito, por conta da religião, também a maioria das pessoas não bebe, logo não sabem fazer drinks e no nosso navio, o álcool era péssimo. Tudo egípcio. Vodka, rum, vinho, tudo. As opções de bebidas estrangeiras eram caríssimas. Achei um vinho branco egípcio que era médio bom e mandei bala, já que não sou da cerveja, mas já que entre os tours pelos templos sobra bastante tempo para ficar no navio, na piscina, etc, achei que essa parte foi falha grave.

Cardápio de bebidas do Cruzeiro

Cardápio de bebidas do Cruzeiro. Cerveja de 4 a 5 dólares e mais de 25 dólares por dose de aperitivos e destilados importados.

Cardápio de vinhos do cruzeiro. De 20 a 30 dólares pela garrafa nacional e 140 (!) dólares pela importada.

Cardápio de cocktails do cruzeiro

Cardápio de cocktails do cruzeiro – Cerca de 5 dólares, com bebidas nacionais e muito mais preparados

 

Faltou um café, algo assim, que vendesse algo para quem não quer a comida do buffet ou para comer entre as refeições, pedir snacks, petiscos na piscina, estas coisas.

Outra falha pra mim foi a comida das refeições principais que, com exceção da noite árabe, era bem ruim. Muita gordura, muita fritura, muito queijo… No geral acho que querem fazer coisas elaboradas, mas o básico sempre era melhor. Vou dizer que alguns almoços, por conta de só ter muita fritura, acabei comendo só romã, uma fruta que tinha de sobra por lá. O falafel era excelente!

Nada disso estragou minha viagem porque eu sabia que tinha comprado uma viagem com valor promocional, mas teria sido mais agradável ter comido bem nestes momentos. Até porque, como eu disse, se fica bastante no navio.

Claro que tudo isso depende muito do que você espera de uma viagem assim, tinham pessoas no mesmo navio odiando muito mais e outras adorando. Nós notamos estas falhas mas curtimos os nossos dias.

Se eu fosse refazer esta viagem, reservaria um navio mais luxuoso, com melhor estrutura, mais novo. É uma viagem que dificilmente você vai repetir, um lugar memorável, muito especial que acho que merece.

Mas se você não se incomoda com nada que falei ou também quer medir o orçamento, o navio é limpo, a comida limpa também, atendimento é cordial e cumpre o que promete.

Deixo algumas sugestões que vi por lá e por blogs de viagem também, com padrão melhor. Os melhores que vi foram da linha SONESTA, vocês podem ver as opções aqui!

Neste site aqui tem uma lista bem legal de luxuosos.

Nesse site você pode ver uma lista com 9 navios bem avaliados.

Esse site mostra mais detalhes, preços, reviews e até plantas dos navios

Aqui tem uma tabela com comparação de vários navios

Todos sites que eu deveria ter encontrado antes de ir! Mas fica a dica!

 

Roteiro resumido do cruzeiro rota Luxor – Aswan

Dia 1 – Cairo – Luxor.  Vôo bem cedo do Cairo até Luxor e translado para o navio. Visitamos Karnak e Luxor durante a tarde e noite. Achei LINDÍSSIMO ver esses templos iluminados. Jantar à bordo.

Dia 2 – Luxor – Esna – Edfu. Neste dia levantamos cedo para voar de balão durante o nascer do sol. Passeio imperdível. Depois visita ao Vale dos Reis, Templo de Hatshepsut e Colossos de Memnon. Volta ao navio. Navegamos até Edfu passando pela eclusa de Esna. Jantar e pernoite.

Dia 3 – Edfu – Kom Ombo – Aswan. Visita ao templo de Edfu, maravilhoso, um dos mais bem conservados de todo o Egito. Navegação até Aswan.

Dia 4 – Aswan. Visita à represa de Aswan e ao templo de Philae. Lindo! De tarde passeio de faluca e vila Nubia. Eu não gostei deste passeio da tarde e vou contar porque mais à diante para você tirar a sua conclusão. Pôr do sol no barco no retorno.

Dia 5 – Aswan – Abu Simbel – Cairo. Saída cedo para Abu Simbel de van. Visita ao magnífico templo próximo da fronteira com o Sudão. Passeio opcional, mas imperdível. No retorno, vôo para o Cairo.

 

Neste post vou detalhar os primeiros dois dias de cruzeiro, que visita a incrível LUXOR! No próximo post falarei dos dias 3 até o dia 5, que passamos por Edfu, Aswan e finalizamos a viagem no incrível templo de Abu Simbel.

 

Sobre Luxor

Luxor é a antiga Tebas, a capital do Novo Império e do Egito antigo por 1500 anos, conhecida também como Palácio das Mil Portas e considerada por muitos,  o maior museu à céu aberto do mundo. É o coração do Egito Antigo e lugar onde está a maior concentração de monumentos de todo o país. Mesmo que o Cairo seja mais popular pelas pirâmides, ir ao Egito e não passar por Luxor vai deixar uma lacuna grande no entendimento da vida e da cultura deste povo tão incrível.

O que vemos em Luxor é realmente grandioso. Ali vivem aproximadamente 500 mil pessoas que vivem quase na sua totalidade direta ou indiretamente do turismo.

O Novo Império, época em que Luxor viveu seu auge, foi o último Grande Império e grande época do Egito. Ela foi a maior e mais suntuosa cidade do mundo em uma época onde os faraós deixaram de ser apenas representações dos deuses e passaram a ser também generais, protegendo o império de ataques de povos estrangeiros e expandindo seu território. Neste período da história egípcia também, focaram seus esforços na construção de enormes templos, palácios e muitas colunas, muitas mesmo, como você vai ver nos templos por ali. Faraós conhecidos desta época foram Ramsés II e Tutancâmon.

Chegando super animada para uma imersão cultural fantástica!

Luxor era dividida em margem Leste e Oeste, sendo a Leste, considerada a margem dos vivos, onde moravam as pessoas e se construíam todos estes templos. Já a margem Oeste, margem do sol poente, era considerada a margem dos mortos, logo, onde se enterravam as pessoas, agora já não mais em pirâmides como no Antigo Império.

Nesta época e na margem Oeste de Luxor, os egípcios resolveram usar as rochas já existentes (montanhas), para esconder seus mortos. Fizeram isso onde hoje é o Vale dos Reis, dos Nobres e das Rainhas. Queriam esconder, mas todas as tumbas, exceto uma, foram saqueadas décadas depois com invasões de povos estrangeiros.

O que fazer em Luxor

Templo de Karnak

Karnak é o maior templo do Egito Antigo, infelizmente muito dele foi destruído com o tempo, mas ele segue sendo restaurado. Na verdade, mais do que um templo, ele é um grande complexo de vários santuários e prédios administrativos construído por aproximadamente 30 faraós diferentes num período de 1700 anos dedicado aos deuses e à glória dos Faraós.

Logo na entrada já dá pra perceber a grandiosidade deste templo!

Disputa com o Angkor Wat no Camboja o título de maior monumento religioso do mundo, e ali dentro caberiam simultaneamente tanto a Basílica de São Pedro no Vaticano, quanto a St. Paul Cathedral de Londres. Não é um templo bonito, mas tem partes extremamente grandiosas e impressionantes.

Já na sua entrada existem 40 esfinges com cabeça de carneiro, estas que faziam parte de uma grande avenida de 2,7km até o Templo de Luxor usada principalmente para cerimônias religiosas importantes. Foi super destruída pelo tempo e foi restaurada e reaberta em Novembro de 2021, logo depois da nossa visita! Mas estas 40 na entrada de Karnak já deram uma ideia bem legal do que ela era. Atualmente conta com 1050 estátuas, mas apenas em torno de 320 foram escavadas em boas condições.

Esfinges com cabeça de carneiro!

O vídeo abaixo mostra a cerimônia de reabertura da Avenida das Esfinges, que aconteceu em novembro de 2021, pouco depois que estivemos lá.

Para mim, a parte mais esperada e esplendorosa deste templo é seu Grande Salão Hipóstilo (um salão sustentado por colunas) tem incríveis 134 colunas gigantes simetricamente enfileiradas num espaço de 5.500m2. Elas são completamente encravadas e eram todas coloridas, a cor das pinturas originais está sendo restaurada. Elas têm forma de papiro e lótus, algo realmente de tirar o fôlego. Existem algumas que chegam a medir 23 metros de altura e 3 metros de diâmetro.

O Grande Salão Hipóstilo é a parte mais impressionante de todo o templo, com colunas gigantescas, maciças todas esculpidas e coloridas!

Impressionante!

Outras partes do templo são bem impressionantes, como o Obelisco de Hatshepsut, o obelisco antigo mais alto da terra e um escaravelho gigante.

Obelisco de Hatshepsut!

A luz no final do dia é linda no templo!

Enfim, chegamos já no meio da tarde, com uma luz bem linda e bem poucas pessoas.

O templo funciona dàs 7h às 20h e a entrada custa EGP 220. Entrada inclusa no pacote do cruzeiro.

 

Templo de Luxor

Este é bem menor que o templo de Karnak, mas igualmente bonito, principalmente se você ficar para vê-lo todo iluminado durante a noite. Também conhecido como Santuário do Sul, foi originalmente construído para as comemorações de Opet, durante a temporada de inundações do Nilo. Ele foi ocupado posteriormente por romanos e árabes, depois da decadência do império egípcio e ficou soterrado pela areia e a cidade cresceu por cima. Em 1885 começaram as escavações para restauração do Templo e até hoje é possível ver uma construção mais alta de onde ficava a cidade anteriormente naquela região.

Chegamos ao Templo de Luxor já no anoitecer! Foi perfeito visitar neste horário!

O primeiro pilone, já na entrada, foi construído por Ramsés II e retrata cenas de guerras e batalhas travadas por ele. Bem em frente ficavam 6 estátuas colossais dele mesmo. Quatro sentadas e duas em pé. Atualmente restam as 2 primeiras de pé e 1 sentada. Obeliscos também eram dois, mas um deles é o que hoje fica na Place de La Concorde, em Paris e foi presenteado à França em 1833.

Quando a estátua do faraó é retratada com braços ao longo do corpo ou apoiados nos joelhos, quer dizer que ela foi feita quando o faraó ainda estava vivo.

Quando a representação do faraó é uma estátua de braços cruzados no peito nos diz que a estátua é póstuma, feita quando o faraó já tinha morrido.

Colunas lindíssimas!

luxor-temple-egypt

Maravilhoso!

O salão das colunas é lindo também, mesmo que não tão grandioso quanto o de Karnak, mas vale a visita. Andar por aquele lugar nos faz sentir em um tempo muito distante. Maravilhoso.

O templo abre diariamente dàs 7h às 20h e a entrada custa EGP 180. Entrada inclusa no pacote do cruzeiro.

 

Vale dos Reis

O Vale dos Reis para mim é como a Disney do Egito Antigo. Acho que era o lugar que eu mais queria ver. Entrar nas tumbas, pensar que elas foram construídas sem luz, em túneis escavados e são totalmente entalhadas e pintadas minunciosamente com cores, é algo que realmente me fascina. E todas as cores são originais da época!

Estar dentro de uma tumba no Vale dos Reis era realmente um sonho antigo! E para mim, foi tão impressionante quanto eu esperava!

Em meio ao vale de pedras, os egípcios escavavam seus túmulos. Essa que era a primeira atribuição do faraó, portanto, quanto mais anos ele vivia, maior e mais rica em detalhes ela era. Por mais de 500 anos este foi o principal cemitério do Egito Antigo. Ficavam enterrados ali faraós, altos funcionários e sua família. Existem 66 tumbas descobertas atualmente, todas abertas para visitação. Mas o Vale dos Reis continua sendo um sítio arqueológico em atividade, sendo que algumas destas tumbas são descobertas muito recentes. Eles esperam que mais tumbas serão descobertas nos próximos anos.

A tumba mais famosa de todo o complexo é a de Tutancâmon, porém ela é a menor e menos cheia de detalhes. Sua fama nem se dá pela grandiosidade da tumba e deste faraó, que aliás morreu muito jovem, com 18 anos, e portanto, sem muito tempo para realizar grandes feitos. Mas ele é tão famoso e falado, porque sua tumba foi a única delas encontrada intacta, com a múmia e todos os seus tesouros, em 1922, na primeira expedição arqueológica feita para o Egito e liderada por Howard Carter. Todas as demais estavam saqueadas. Ela ficou escondida pelo tempo atrás de uma outra tumba e nunca tinha sido encontrada antes.

Howard Carter na tumba de Tutantkhamon em 1922

Howard Carter na tumba de Tutantkhamon em 1922

Entrada para a tumba de Tutancâmon!

A múmia fica no Vale dos Reis, mas o tesouro, incluído a máscara funerária e o sarcófago, ambos de ouro maciço e cheios de pedras preciosas, encontram-se no Museu do Cairo. Falei mais sobre estes tesouros aqui!

O ingresso geral dá direito à visitação de 3 tumbas, mas a de Tutancâmon é paga à parte. Você pode comprar mais ingressos avulsos para visitar mais tumbas da sua escolha. Nós visitamos as 3 incluídas e, não sei porque, acho que pelo jeito que meu guia falou da tumba de Tutancâmon, acabamos não entrando, mas hoje me arrependo, já que estava lá, deveria ter ido. Seriam apenas USD 20 a mais por pessoa.

Mapa das tumbas do Vale dos Reis

Mapa das tumbas do Vale dos Reis (foto: Alamy.com)

Na entrada, existe uma maquete mostrando a posição das tumbas nas montanhas, muito interessante pensando que foram escavadas há mais de 3 mil anos.

Maquete iluminada do Vale dos Reis, por baixo é possível ver a posição das tumbas.

Depois dessa introdução, vamos de trenzinho (bem Disney) até onde estão as tumbas! Faz calor, muito calor! Dentro das tumbas é úmido e abafado. Vá com roupas frescas!

Trenzinhos que nos levam ao local das tumbas!

Lugar onde ficam as tumbas!

Lá existe um bar também, com lugares (na sombra!!!) pra sentar, bebidas, sorvetes e comidas. Foi um dos meus lugares favoritos da viagem inteira!

Visitamos as seguintes tumbas:

Ramsés V/VI – Esta foi a mais incrível de visitar, pois estava completamente vazia quando chegamos. A tumba, conhecida como KV9, apresenta um dos planos decorativos mais requintados do Vale dos Reis.

Ramsés VI era filho de Ramsés III e tio de Ramsés V, seu sobrinho rival e antecessor. Ao que indicam os registros, originalmente a tumba KV9 pertencia ao sobrinho, mas foi usurpada pelo soberano, que teria o afastado do poder e, segundo alguns egiptólogos, o mantido em cativeiro.

A hostilidade de Ramsés VI com seu próprio parente virou uma de suas características principais. Acredita-se que como modo de impor poder ele teria usado o túmulo, onde foi sepultado quando morreu, em 1136 a.C.

 

Ramsés III – Outra incrível! Este faraó, pelo que indicam os estudos, foi assassinado com um corte na garganta. Ramsés III governou o Egito na 20ª Dinastia do Novo Reino (a dinastia durou um período que se estendeu de 1185 a.C. a 1070 a.C.). Depois de sua morte, o país começou a sofrer problemas econômicos e disputas internas, abrindo caminho para que outros povos, como assírios, persas, gregos e, por fim, romanos, assumissem a liderança mundial.

A terceira tumba eu confesso que não me lembro do nome do faraó, mas acreditem, TODAS serão incríveis! A gente se sente meio Indiana Jones, sabe? Muito legal a visita! Não pode ficar de fora!

O Vale dos Reis funciona diariamente das 7h às 17h e a entrada custa EGP 260. Entrada inclusa no pacote do cruzeiro.

 

Templo de Hatshepsut

Este é o templo atualmente mais conservado de Luxor e construído pela primeira rainha/ faraó mulher do Egito. Ela era mulher do faraó e também meio-irmão Tutmosis II e após sua morte, como o seu filho Tutmosis III ainda era muito novo, ela se declarou rainha regente, mas posteriormente, com apoio dos sacerdotes, se declarou faraó. Hatshepsut, depois de se tornar faraó, passou a se vestir como os faraós homens, inclusive representada muitas vezes com barba falsa, outras como mulher.

Templo lindíssimo, porém faz CALOR! Muito calor!

Mesmo assim, ela trouxe um tempo de paz e prosperidade pro Egito e é a mais importante faraó mulher do Egito Antigo. Desenvolveu o comércio, exportava pedras preciosas e metais e importava cedro de onde hoje é a Etiópia.

O que achei mais sensacional foi essa sensação de que o Templo é encravado nas pedras!

Quando seu filho Tutmosis III assumiu o reinado, mandou apagar todas as referências à ela, e portanto, é possível ver neste templo, muitos relevos que eram representação dela, danificados, com a cabeça destruída e etc. Outro fato curioso é que sua múmia nunca foi encontrada, algo que pode ter tido a ver com essa solicitação de “desaparecimento” dela por Tutmosis III.

Seu templo, que tem um ar moderno e está hoje muito conservado, não foi sempre assim. Foi completamente destruído e em 1960 começou a ser restaurado por alemães, uma restauração que levou quase 50 anos, até 2008. Estando lá a gente tem realmente esta ideia de que foi um quebra cabeça gigante!

Pensem que quebra-cabeça gigante reconstruir tudo isso?

A entrada do templo era toda repleta de árvores exóticas que Hatshepsut trouxe de suas expedições. Ainda é possível ver raízes de algumas delas no chão. Também na Colunata Punt, muitos relevos de viagens exóticas à Terra de Punt , de onde traziam mirra, bem como suas plantas e animais.

Em Deir al-Bahri, local onde fica o templo, faz MUITO calor, já foi eleito um dos locais mais quentes do mundo. Tente visitar cedo. Nós fomos quase meio dia. Foi muito, muito quente e não recomendo. Tive que sentar várias vezes na sombra para descansar, e olha que sou bem aventureira.

 

O templo de Hatshepsut abre diariamente aàs 7h às 17h e a entrada custa EGP 140. Entrada inclusa no pacote do cruzeiro.

 

Colossos de Mêmnon

Os dois colossos, hoje sem rosto, medindo 18 metros de altura cada um, são a primeira coisa que os turistas avistam na margem oeste de Luxor. Quem vê estas duas estátuas assim, quase que no meio da rua, não sabe que ali estava provavelmente o maior templo do Egito, construído pelo faraó Amenhotep III. Ele está completamente em ruínas e os colossos foram as únicas peças grandes que sobreviveram ao tempo. Não fomos ver de perto, mas vi da estrada e para mim, foi suficiente, mas se você quiser, seu guia vai até lá e explica mais sobre eles.

 

Passeio de balão no nascer do sol

Uma das experiências mais sensacionais da viagem. Luxor foi sem dúvida, um dos lugares que mais amei no Egito. Este passeio não está incluído nos pacotes, mas você DEVE fazer! É tão maravilhoso estar lá no alto e ver de um lado, o rio Nilo e sua margem verde e depois, o verde que vai se transformando em deserto! Dá a real ideia de porque o país se desenvolveu nas margens deste grande rio e como as cheias eram realmente importantes. Além do mais, a cor da manhã nas montanhas onde fica o templo de Hatshepsut e o Vale dos Reis é belíssima!

Passado o medinho de entrar em algo voador com fogo dentro, a experiência foi sensacional!

Vista do Tempo de Hatshepsut encravado nas montanhas!

Eu nunca tinha andado de balão, foi minha primeira experiência e confesso que estava um pouco apreensiva com a ideia de voar em algo movido pelo ar quente e com fogo dentro dentro do balão. Tirado este medo inicial (que venci!!!), vi que os baloneiros são MUITO experientes e treinados, e o pouso muito suave. Eles realmente sabem o que estão fazendo!

Deixo aqui as fotos para ilustrar este momento lindo!

O passeio não está incluído na maioria dos roteiros e custa em média de USD 100 a USD 130 por pessoa. 

 

Comprar Alabastro

Além de visitar estes monumentos todos, também fomos conhecer uma fábrica de Alabastro, que é uma denominação mineral para o calcite, encontrado nesta região e que, após esculpido, fica translúcido. Alabastro Foi utilizado no Antigo Egito para fabricação de vários objetos sagrados e funerários. As fábricas têm loja anexo vendendo vasos. caixas, animais, entre outras coisas. Acabei não comprando nada, mas é muito interessante de ver e muito bonito. Existem várias, provavelmente seu guia vai te levar na que a agência dele sempre vai.

 

Eclusa de Esna

No fim deste segundo dia de visita em Luxor o navio parte com destino a Edfu, no sul do Egito. Como Rio Nilo possui alguns desníveis/cataratas, para ser possível a navegação, foi construída a Eclusa de Esna, uma obra hidráulica que é como se fosse um elevador passando para a parte mais elevada do rio. Passamos pela eclusa durante a noite, e foi muito interessante ver as comportas abrindo.

Com a passagem pela eclusa e a chegada em Edfu para dormir, encerramos os dois primeiros dias de viagem pelo Rio Nilo.

No próximo post falarei da nossa visita em Edfu, Kom Ombo, Aswan e Abu Simbel!

Espero que tenham gostado desta primeira parte da aventura!

Beijos e até o próximo post!

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