Oi pessoal!

Lá vamos nós pra segunda parte do post sobre o Cruzeiro pelo Rio Nilo!

Hoje vamos falar do trajeto que sai de Luxor e vai até Aswan, passando por Edfu e Kom Ombo.

Para quem chegou aqui agora e quiser ler sobre a primeira parte do cruzeiro, os primeiros dois dias que visita Luxor, o post completo está aqui!

Também vou deixar aqui o trajeto resumido do cruzeiro completo:

 

Roteiro resumido do cruzeiro rota Luxor – Aswan

 

Dia 1 – Cairo – Luxor.  Vôo bem cedo do Cairo até Luxor e translado para o navio. Visitamos Karnak e Luxor durante a tarde e noite. Achei LINDÍSSIMO ver esses templos iluminados. Jantar à bordo.

Dia 2 – Luxor – Esna – Edfu. Neste dia levantamos cedo para voar de balão durante o nascer do sol. Passeio imperdível. Depois visita ao Vale dos Reis, Templo de Hatshepsut e Colossos de Memnon. Volta ao navio. Navegamos até Edfu passando pela eclusa de Esna. Jantar e pernoite.

Dia 3 – Edfu – Kom Ombo – Aswan. Visita ao templo de Edfu, maravilhoso, um dos mais bem conservados de todo o Egito. Navegação até Aswan.

Dia 4 – Aswan. Visita à represa de Aswan e ao templo de Philae. Lindo! De tarde passeio de faluca e vila Nubia. Eu não gostei deste passeio da tarde e vou contar porque mais à diante para você tirar a sua conclusão. Pôr do sol no barco no retorno.

Dia 5 – Aswan – Abu Simbel – Cairo. Saída cedo para Abu Simbel de van. Visita ao magnífico templo próximo da fronteira com o Sudão. Passeio opcional, mas imperdível. No retorno, vôo para o Cairo.

O post dos primeiros dias de Cruzeiro está aqui!

 

Roteiro pelo Rio Nilo – Detalhando dias 3 e 4

Neste post, como combinado, vou detalhar os dias 3, 4 e 5 do roteiro passando pro Edfu, Kom Ombo, Aswan e o magnífico Abu Simbel! Preparados?

 

Edfu

Ao acordar, já bem cedo, seguimos em direção ao Templo de Edfu, também conhecido como Templo de Hórus. Na mitologia egípcia, o deus Hórus é visto como o deus do céu, do sol nascente e mediador dos mundos. Filho dos deuses Ísis e Osíris, representa a luz, a realeza e o poder. Simbolizado por um homem com cabeça de falcão, o deus Hórus era encarregado de garantir o nascimento dos dias. Este templo, por ter sido construído já bem mais “recentemente”, na época do Egito de Ptolomeu, é um dos mais bem conservados de todo o Egito. ‘E amplamente considerado o mais impressionante no trajeto de Luxor a Aswan. Mesmo sendo um templo mais tardio, respeitou toda a arquitetura usada nos templos mais antigos e por estar tão completo é maravilhoso para se ter uma ideia de como seriam os demais templos hoje em ruínas, como Karnak e Luxor por exemplo. Ele tem gravuras e escadarias impressionantes! Eu, particularmente, amei! Achei lindíssimo. Para chegar do navio fomos de charrete e foi bem interessante passar pela cidade assim. Nesta cidade visitamos apenas este templo e logo seguimos viagem no navio até Kom Ombo.

 

Kom Ombo

Num local numa curva do Nilo onde antigamente crocodilos tomavam sol, fica, no alto de uma colina, este templo lindíssimo. O que faz dele tão bonito, além da localização, é o horário que o navio chega ali, já ao fim de tarde, com uma luz maravilhosa e vista incrível do pôr do sol.

Construído há mais de dois mil anos, também na época Ptolomaica, já sendo um templo mais “tardio”, sua estrutura mostra que ele na verdade é duplicado, o único que se tem conhecimento dedicado à duas divindades. Um delas, o deus Sobek, representado por um crocodilo ou homem com cabeça de crocodilo é relacionado com a fertilidade, por representar um animal da água e do Nilo. Significava também proteção da gravidez, embora também às vezes fosse associado a coisas mais negativas, como a morte.

Apesar de atualmente não existirem mais crocodilos ali, eles estão presentes em gravuras nas paredes e um incrível museu de múmias de crocodilos encontradas no local! Achei muito legal ver múmias de animais!

O outro lado do templo era dedicado ao deus Hórus, o mesmo do templo de Edfu.

 

Aswan

 

Depois da visita ao templo de Kom Ombo, no final do dia, a navegação segue para Aswan. Chegamos bem tarde, apenas para dormir. Jantar à bordo.

 

Sobre Aswan

 

Aswan ou Assuã, em português, é a terceira cidade mais visitada do Egito, perdendo para Cairo e Luxor. Ela não tem tantos templos quanto Luxor e nem atrações tão imponentes quanto o Cairo, mas se destaca por ser um lugar bem lindo à beira do Nilo, onde a água é cristalina, com várias ilhas com palmeiras e com várias possibilidades de passeios partindo dali. Os termômetros sobem por aqui, é realmente muito quente e a cidade é mais tranquila e “relax” turisticamente falando se comparada às outras duas. Um bom lugar para “acalmar” depois de tantas atrações culturais. Não foi o que fizemos, mas sentimos falta e, por isso, é o que vou sugerir pra vocês.

Aswan sempre foi uma cidade de importância estratégica pela sua localização. Foi um famoso entreposto comercial e a porta de entrada entre o Egito e o resto da África. Foi um dos principais locais de comércio de marfim e também onde marcava a fronteira sul do Egito com sua rival Núbia. Aliás, a influência deste povo é muito presente em Aswan, vou contar mais adiante. Além disso, era onde estavam as maiores pedreiras de granito, o mais fino do Egito e de onde foram todo granito usado para construção das pirâmides e grandes monumentos.

Mas tenha em mente que é um lugar lindo, quente, com muitas atrações e muita cultura. Ali também ficam as tradicionais casas de perfumes do Egito, onde você pode comprar o seu.

 

O que fazer em Aswan

 

O cruzeiro visita Aswan apenas um dia inteiro. Se dorme por ali duas noites, mas uma delas é apenas para seguir viagem no outro dia ou então fazer o famoso passeio para Abu Simbel (já adianto ser imperdível)!

No entanto, tendo estado ali, acredito que o ideal seria ficar pelo menos mais um dia e dormir em um hotel, que inclusive sugerirei neste post. Se você fizer a rota do cruzeiro iniciando por Aswan, eu dormiria duas noites em hotel ali antes de pegar o navio.

Antes de detalhar o que vimos em Aswan, queria dizer que não tivemos tempo livre nenhum para explorar mercadinhos (souqs) que eu particularmente amo. Não tivemos templo de contemplar sozinhos um pôr do sol (estávamos com guia num tour), não fomos no Jardim Botânico que dizem ser lindo, em nenhum museu, ou descansamos. Resumindo: ficamos presos aos tours. Foi legal e interessante, mas como comentei, eu sempre viajo por conta própria e, neste caso, em Aswan, senti falta de ser a Natalia exploradora de sempre. Mas vale para se um dia eu voltar e também para deixar a dica aqui.

Não se assustem com minhas opiniões muito sinceras sobre algumas atrações, mas é isso que me proponho fazer aqui neste espaço. Se amei, falei que amo. Se não amei, serei super sincera 😊.

Vou detalhar os pontos turísticos na ordem em que os visitamos!

 

Represa de Aswan

 

Por conta do crescimento acelerado e muita demanda por comida, no final do séc. XIX, era mandatório encontrar uma forma de cultivar mais terras agrícolas. Porém, sem regularizar o fluxo do Rio Nilo (que tinha suas cheias anuais, mas não regulares), seria impossível. Em 1898 começaram então a construção da primeira represa de Aswan que ficou pronta em 1902 e era a maior represa do mundo, com 2.441m de comprimento, 50m de altura e 30m de largura, feita com granito de Aswan. Porém, ao longo dos anos ela foi aumentada duas vezes e mesmo assim, não conseguiu dar conta da demanda. Foi construída então, a Represa Alta, que fica 6km distante da primeira represa. Para visitar a represa alta, você obrigatoriamente passa pela represa antiga.

Já se sabia desde 1940 que a antiga represa, que regulava apenas o fluxo da água, não era grande o suficiente. A Represa Alta, idealizada por Gamal Abdel Nasser, foi uma obra controversa, com dificuldades políticas e muitos desafios de engenharia, mas sua construção iniciou em 1960 e foi concluída em 1971. Ela deu origem ao Lago Nasser, o maior lago artificial do mundo. Com ela vieram vários benefícios como o aumento das terras cultiváveis em 30%, e o dobro da reserva energética para o país, porém muitos outros aspectos negativos também vieram com ela. A represa parou todo o fluxo de lodo, essencial para a fertilidade da terra e com isso, o uso de fertilizantes artificiais aumentou e levou às áreas a uma salinidade crescente. Os lençóis freáticos também expandiram e estão prejudicando vários monumentos próximos do Nilo, além de que, a água parada nos canais de irrigação trouxe infecções endêmicas como a esquistossomose, enorme problema de saúde pública. Além disso, mais de 100 mil Núbios, que antes viviam às margens do Nilo, tiveram que se mudar para Aswan e vivem hoje, essencialmente do turismo. Tiveram também que mover alguns templos, essas sim, obras gigantescas de engenharia, como o de Abu Simbel.

Enfim, valeu a visita, mas não é algo que eu iria se soubesse como é. Vá se você tiver curiosidade em ver. Hoje eu acho que ficaria passeando por algum mercado de rua, algo assim. Mesmo assim é um passeio rápido.

 

Templo de Isis – Philae

 

 

Fica em uma ilha no meio do rio, acesso de barco. Lugar lindo demais! Por ser rodeado de água, ele tem uma visual bem diferente dos outros. Amei visitar.

É reconhecido como o último lugar onde os hieróglifos foram escritos e último lugar onde a religião egípcia antiga foi praticada. Este templo foi construído em diversos períodos, desde o século VI a.C. e mais incrementado na época Ptolomaica e finalizado já durante a conquista romana. Depois da conquista dos romanos, o cristianismo tornou-se presente em Philae e é possível ver que algumas partes do templo foram convertidas em igrejas.

Esse templo é dedicado à Isis, uma das principais divindades egípcias.. Sua adoração até ultrapassa as fronteiras. Ela era, na mitologia, esposa de Osíris e mãe de Hórus. Por muito tempo esta deusa foi venerada como a representação maior da essência materna e da esposa perfeita, além de velar também pelo reino natural, portanto, por todas as dimensões da existência. Ela era vista igualmente como um símbolo do que há de mais singelo, dos que morrem e daqueles que nascem. Uma mitologia tardia atribui as cheias do Rio Nilo, que ocorriam uma vez por ano, às lágrimas derramadas por Ísis pela perda de seu amado Osíris.

Este templo nem sempre esteve ali. Por conta da construção da barragem antiga, ele passava 6 meses alagado e só era permitido a visitação com barcos à remo. Com a construção da barragem alta, ele teria sido completamente submerso. Porém foi inteiramente desmontado, movido e remontado na ilha de Philae pela Unesco para salvá-lo. Agora é Patrimônio Mundial da Unesco. É realmente incrível estar lá e pensar todo o trabalho de desmontar e remontar tudo aquilo milimetricamente.

 

Loja de Essências

 

 

Aswan é conhecida pelas lojas de perfumes, na verdade, essências, e eles te levam para visitar lojas, onde as pessoas explicam como são feitas e mostram várias com efeitos medicinais e outras apenas para perfumar. Eles também fazem muitas imitando fragrâncias de perfumes famosos. Na visita eles dão umas fichas para irmos anotando os que gostamos e depois escolher o que vamos comprar.  Acabei comprando de lavanda, uma de flor de girassol e outra. Gostei, mas não seria também algo imperdível.

 

 

Obelisco Inacabado

 

Como comentei quando contei um pouco sobre Aswan, ela é conhecida por suas pedreiras de granito, o mais fino do Egito, que era transportado por todo o Egito para construção de templos e grandes monumentos. Algumas delas estão abertas para visitação. Esta, em específico, ficou famosa por ter ali um Obelisco Inacabado, como o nome diz, que nunca ficou pronto ou saiu do chão por ter rachado durante a escavação.

A não ser que você se interesse muito em ver uma pedreira, morrer do calor (o horário desse tour foi muito ingrato, bem próximo do meio dia), ou adore ver obeliscos, pule. Faça outra coisa. Achei bem desinteressante perto de tudo que poderia fazer.

 

Passeio de Felucca

 

 

As Feluccas são veleiros egípcios tradicionais, bem lindos! Parecidos com as jangadas brasileiras, acomodam próximo de 10 pessoas e eram amplamente usados na história egípcia como meio de locomoção pelo Rio Nilo. Hoje são mais usadas por turistas na região de Luxor e Aswan.

Passear de Felucca em Aswan é lindo pela paisagem, mas se atente e peça para ir no horário do pôr do sol! Nosso passeio foi às 15h, antes de irmos para a Vila Núbia e fazia um calor de mais de 40 graus. Não recomendo. Além disso, verifique se no dia de seu passeio, faz vento. Lembre-se de que elas são movidas à vela e sem vento elas não andam. Foi o que aconteceu com a gente. Entramos na Felucca, quase fritamos e ela não saía do lugar. Foi rebocada por um barco por 20 minutos, apenas para vermos como é. Preste atenção que tipo de passeio de Felucca você vai fazer. Se não tiver vento, não vá. Prefira um passeio de barco no rio em um barco comum. Isso sim vale à pena, já que o entorno e a paisagem do Rio em Aswan é linda! Vá no final da tarde. Faz calor demais em Aswan!

 

Vista à Vila Núbia

 

 

Como escrevi mais no início, o povo Núbio habitava originalmente a região Sul do Egito e onde fica hoje o Sudão e foi, por muitos e muitos anos rivais dos Egípcios quando se tratava de suas fronteiras. Existem vestígios de ocupação humana nessa região desde 7.000 a.C. e eles são um dos primeiros povos de que se tem registro no mundo. Com a independência dos atuais estados africanos, os núbios ficaram divididos entre o Egito e o Sudão.

Habitada por povos nilóticos negros, a Núbia constituiu ao longo de milênios um ponto de encontro entre as civilizações egípcias – e, por conseguinte, o mundo Mediterrâneo – e os povos negros da África. Cercada, porém, pelo deserto, num trecho mais estreito do vale, jamais apresentou produção agrícola e população comparáveis às do baixo Nilo. Por volta de 3.100 a.C., a I dinastia se apoderou de parte da Núbia, que passou a abastecer o império de ouro, pedras preciosas e diorito. A partir de então, a história da Núbia permaneceu ligada à do Egito, algumas vezes sob o poder dos faraós, outras na forma de um ou vários reinos independentes.

As Vilas que hoje existem em Aswan têm arquitetura particular, pinturas coloridas, artesanato próprio. Isso achei bem legal. Mas não amei o passeio porque achei ele mais “pega-turista” do que algo realmente autêntico. O que mais gostei da Vila Núbia foi o mercadinho, logo na chegada. Queria ver tudo. Eles têm um artesanato próprio, muitas especiarias e chás e achei muito legal. Mas se não fosse por minha insistência, eu nem teria conseguido caminhar por ali. Nosso guia só queria nos levar para a tal “casa Núbia”. Não que não seja interessante ver as casas por dentro, mas achei tudo meio “feito”.

Como a tradição antiga dizia que eles tinham crocodilos como pets, por exemplo, você vê que nesta casa específica tem filhotes de crocodilos mantidos presos, por exemplo. Mas não acho que isso se aplique ao resto das casas. Eles não cobram a entrada na casa, está incluído no passeio, mas servem chá, mostram crocodilo e esperam um dinheiro na saída, afinal, vivem disso. Também, esta casa que se visita e umas outras poucas que devem fazer a mesma coisa, são de um jeito, o resto da vila é de outro, bem mais simples, pra não dizer coisa pior.

Entendo que estas pessoas vivem do turismo, mas não gostei de ser algo totalmente feito para turistas, entende? Preferia andar pela vila e ver como realmente é. E foi o que fiz. Disse pro nosso guia que não queria pegar crocodilo na mão (que os turistas fazem – quem me conhece sabe que não curto este tipo de turismo) e disse que eu queria andar na vila como ela realmente é. Andei no mercado, vi as casas, pinturas nas paredes e achei um hotel, que achei muito curioso. Claro que super simples e deve ser uma experiência bem “roots”. Mas achei isso sim algo autêntico. Pedi uma bebida e sentei numa mesinha para apreciar a vista.

No fim, a vila é bem simples, bastante pobreza, mas isso é a realidade daquelas pessoas e daquele lugar e nunca tive problemas com isso. O que você vê no Instagram quando digita “vila Núbia” é só um recorte de partes bonitas, e é o que os tours vendem e o que a maioria das pessoas vai esperando. Achei que é bonito ver sim, mas vá esperando o que realmente é. Definitivamente não curti o tour montado que eles fazem não. Não acho legal essa coisa dos crocodilos e por aí vai.

Sobre indicar este passeio, acho que o mais legal seria ir sem guia, mas é algo difícil, pelo que percebi eles vendem todos passeios assim, visitando casa de alguma família. Acho que vale a pena conhecer a vila e para entender a história, quem sabe era legal visitar o museu sobre a Núbia no centro de Aswan.

 

Sofitel Old Catarct

 

 

O mais grandioso dos hotéis na beira do Nilo, o Sofitel Old Cataract é uma atração por si só, com sua deslumbrante vista, acomodações luxuosíssimas, spa e gastronomia de primeira. O hotel original foi projetado pelo mesmo arquiteto que projetou o Mena House do Cairo e foi construído em 1899. Foi todo reformado em 2011 e teve uma nova ala construída. A ala do Palácio, a mais antiga, tem 76 quartos. A nova ala, chamada Nilo, tem 63.

O hotel ficou famoso por hospedar celebridades como Winston Churchill, Howard Carter, Margaret Thatcher, Jimmy Carter, Princesa Diana e  Agatha Christie, esta que, em 1937 “morou” no hotel por 6 meses enquanto escrevia seu famoso livro “Morte no Nilo”, que virou filme e inclusive foi relançado atualmente. A sua escrivaninha pode ser vista no lobby do hotel.

Decoração, piscina, tudo ali é fantástico. Fiquei feliz de ter fugido por uma noite para jantar ali em vez de ficar no navio, como todas as outras. Como comentei, a comida no navio não me agradou nenhum pouco. Bem diferente de nossa experiência no Sofitel. O hotel tem um famoso restaurante francês (o melhor de Aswan), chamado 1902. Precisa de reserva. Já o The Terrace, debruçado no Nilo, é perfeito para drinks no pôr do sol e um jantar mais descontraído. Foi o que fomos! Amamos!

O Oriental Kebabgy serve cozinha egípcia. O Saraya tem cozinha mediterrânea. River Café é o mais recente restaurante do hotel e o The Bar serve drinks maravilhosos! Ficamos quase uma hora ali bebendo e jogando conversa fora com o pessoal do navio que também resolveu fugir da mesmice do barco para algo mais legal!

Enfim, tudo ali é lindo! Saí com gosto de quero mais e com um arrependimento de não ter pensado nesta logística antes para poder dormir uma noite por ali!

Enfim, fica a dica. Se não puder se hospedar, vá pelo menos assistir ao pôr do sol ou jantar.

Para ver mais detalhes e reservar o hotel, clique aqui.

 

Resumindo sobre Aswan

 

 

Lendo as minhas reviews, pode parecer que não gostei. Não se engane. Eu adorei o lugar. Na verdade a paisagem de Aswan é tudo aquilo que eu pensava quando falava sobre um cruzeiro no Nilo. Eu realmente achei a beleza bem singular. Amei o Templo de Isis e navegar no rio, mas senti falta de poder explorar o lugar como eu faria sem guia. Acho que eu teria ganhado muito. Por isso que digo: Vá para Aswan, mas fique um dia a mais quando o cruzeiro acabar ou então chegue antes de começar e explore por conta própria. Se seu orçamento permitir, fique no Sofitel pelo menos uma noite. Curta a vista do pôr do sol da piscina, descanse e jante lá. Se estiver em Aswan apenas embarcado, faça como eu, fuja uma noite do navio para jantar no Sofitel ou pelo menos para tomar uns drinks no bar. Algumas atrações da cidade são totalmente dispensáveis e você só deveria ir se curte muito, tipo Obelisco inacabado. Mas vá ao Souq por mim e me conte como é!

 

Abu Simbel

Este passeio é opcional para o roteiro, mas eu diria que ele é obrigatório para quem visita Aswan e o Egito. Está no topo das minhas atrações favoritas e você vai ver que vai valer a distância percorrida!

O templo de Abu Simbel fica a 230km ao sul de Aswan, 50km da fronteira do Egito com o Sudão! A viagem até lá se faz de van e demora cerca de 3 horas. Você sai super cedo e o caminho passa rápido. Gostei de estar na estrada no Egito com o sol da manhã (já escaldante!).

Este templo foi redescoberto por um inglês em 1813 e estava praticamente todo encoberto de areia, estando apenas com o topo das cabeças das estátuas para fora. Até 1909 a areia foi toda removida e foi possível se observar toda a beleza deste grandioso templo construído por Ramsés II.

Algo quase tão grandioso quanto o templo, que logo detalharei mais, foi a obra realizada para transportá-lo, entre 1964 a 1968. O Egito, em parceria com a Unesco e esforços internacionais, o transportou 61 metros acima do que ele estava originalmente para evitar que ele fosse submerso pelo Lago Nasser, que surgiu após a construção da Barragem Alta de Aswan. Caso ele tivesse ficado em seu lugar original, teria sido completamente inundado.  Incrível pensar no enorme quebra-cabeças que eles tiveram que desmontar e montar e no resultado incrível apenas 4 anos depois. A gigantesca obra custou 40 milhões de dólares e pode ser vista com detalhes na exposição na entrada do templo.

A verdade é que Abu Simbel é o local mais famoso do sul do Egito e compete até com a Grande Pirâmide.

Construído por Ramsés II como forma de demonstrar seu poder e importância (ele era bem megalomaníaco), o templo, que levou em torno de 20 anos para ser construído é realmente impressionante.

Na fachada, quatro estátuas com mais de 30 metros de altura representando ele mesmo, em pose que demonstra o quão generoso ele era recebem o visitante. Mas não apenas por causa da sua grandiosidade é que ele é tão famoso e admirável. Demonstrando quanto eles entendiam de matemática e astronomia, um fenômeno muito curioso pode ser observado em Abu Simbel. No Santo Santuário do templo, bem no fundo do mesmo, ficam 4 estátuas; a de três deuses e a dele, já que ele se equiparava à um deus. Duas vezes por ano, o sol entra pela porta do templo e ilumina exatamente estas 3 estátuas. Isto acontecia originalmente nos dias 21 de fevereiro e 21 de outubro, dias da sua coração e aniversário, respectivamente. Hoje, pela mudança de local, este fenômeno acontece com um dia de atraso, sempre em 22 de fevereiro e 22 de outubro.

Nestes dois dias com certeza o local fica lotado de pessoas querendo ver o acontecimento!

Além disso, o salão hipóstilo, com colunas e mais colunas é muito bonito.

Ao lado do templo feito para Ramsés II fica o templo que ele construiu para Nefertari, sua esposa favorita. O templo é menor, mas igualmente belo. Vale entrar também.

A visita não é demorada e você pode se perguntar se vale mesmo viajar tudo isso (ida e volta) apenas para conhecê-los, mas as fotos falam por si. Eu não deixaria de fora!

Com isso, termino todo o nosso cruzeiro pelo Rio Nilo!

Espero que minhas reviews e dicas tenham sido úteis e inspirado você a conhecer este país tão incrível!

Beijos e até o próximo post!