Top

Certamente se você já pensou em viajar para o Sudeste Asiático, também já ouviu ou leu sobre o Camboja ou Angkor Wat em alguma de suas conversas ou pesquisas, estou certa?

No nosso dia-a-dia, não ouvimos falar muito sobre o país, e ele nem é tão popular quanto a Tailândia, por exemplo, mas tem uma história riquíssima e uma parte bem triste também, além de uma cultura muito interessante e um povo alegre e acolhedor!

Pois bem, se você ficou na dúvida se deve incluir ou não o país no seu roteiro, eu vim te contar que sim e também porque!

Foi um daqueles lugares que me surpreendeu, sabe? Superou expectativas e me emocionou de verdade! Acho que o conjunto é simplesmente fantástico. A mistura perfeita da grandiosidade dos templos com mais de mil anos, praticamente no meio de uma floresta tropical, com a simplicidade, gentileza e o sorriso fácil e genuíno estampado no rosto de uma população majoritariamente budista, com uma história recente bem triste e em um dos países mais pobres da Ásia. Mesmo assim, está cheio de opções moderninhas de influência europeia, com restaurantes veganos, naturebas, barzinhos e baladinhas nem tão naturebas assim, mercados de rua, artesanato maravilhoso e lojinhas eco friendly. Isso sem contar que foi disparado o país mais barato que já visitei até hoje! Foi um daqueles lugares que deixei um pedacinho do coração, como aconteceu com Bali e com o Nepal.

Então se você quiser se surpreender também, inclua o Camboja no seu roteiro, que vou te ajudar a tirar o máximo proveito de sua visita!

Um pouco sobe o Camboja

Com relevo baixo e plano, o Camboja cobre uma área de aproximadamente 180.000 m². Faz fronteira com Laos, Tailândia e Vietnã, e tem como capital a cidade de Phnom Penh, posição muito antigamente ocupada por Angkor, que, durante seis séculos, foi o centro político e religioso do império Khmer. Sua população é 97% budista e a língua oficial é o Khmer, mas eles falam muito bem inglês e muitos falam francês!
cambodia-tourist-map

A história do Camboja é muito, muito antiga. Os habitantes do país foram um dos primeiros a se ter registro em todo Sudeste Asiático, ainda que continue um mistério se sua vinda foi da China ou da Índia.

A maioria de sua população se considera Khmer, ou, descendente do império de Angkor, que era um poderoso e bem evoluído império que se estendeu por praticamente todo o Sudeste Asiático entre os séculos 10 e 13, tendo como  principais reis Suryavarman II e Jayavarman VII. Durante o império foram construídos os muitos templos do complexo, tendo Angkor Wat e Angkor Thom como suas mais grandiosas edificações. Estes templos ficam onde atualmente é a cidade de Siem Reap. Os templos tem influências tanto hindus quanto budistas e símbolos das duas religiões podem ser vistos ainda totalmente conservados. No início o império era hindu, e gradativamente, conforme o budismo foi se espalhando, as influências budistas foram também aparecendo. Após o declínio e queda do império, os templos de Angkor permaneceram esquecidos por mais de 500 anos no meio da floresta, até que, no século 19, durante o protetorado francês, eles foram redescobertos pelos europeus, sendo aos poucos restaurados, mas mantendo as fundações originais e portanto, vários deles tomados por raízes de figueiras gigantes. O Camboja foi protetorado francês de 1863 até 1953, quando se tornou um país independente.

Desde os primórdios, a história do país é marcada por vários conflitos, com constantes ataques do Sião (atual Tailândia) ao império Khmer na antiguidade, até bombardeios dos EUA durante a guerra do Vietnã, nos anos 70. Foi depois dos bombardeios dos EUA e da morte de muitas pessoas, que surgiu o mais terrível e sangrento regime que o país já viu e onde aconteceu um dos maiores genocídios da história. Mesmo tão recente e tão sangrento, esta história quase não chegou ao Ocidente e me chocou muito quando tive maior conhecimento sobre tudo o que aconteceu ali durante 4 tristes anos.

Sobre o Khmer Vermelho

Impossível visitar o Camboja sem ter conhecimento do período que mais mudou a vida das pessoas naquele país. Infelizmente, a história é triste e muito, muito desumana.

Como contei, após os bombardeios dos Estados Unidos, se formou o Khmer Vermelho, comandado por Pol Pot. Era um radical partido maoísta que, em 1975 tomou a cidade de Phnom Penh, exigindo que todos a evacuassem e partissem para o campo. Foi um regime sangrento e tenebroso, onde eles queriam que o país produzisse tudo o que consome e condenavam tudo o que vinha do exterior, alegando que o país estava envenenado pelo capitalismo. Trabalharam por uma reforma agrária que levou à fome generalizada. Para atingir os seus objetivos, todas as pessoas, independente de classe social e profissão, incluindo crianças e idosos, foram obrigadas a trabalhar forçadamente, em campos de agricultura. Quem tinha qualquer ligação com antigos governos, uma posição mais privilegiada e considerada “suja” ou era suspeito de envolvimento em atividades de “livre mercado”, era torturado e executado.

Pol Pot, o rosto mais odiado do país!

Pol Pot, o rosto mais odiado do país e responsável por um dos maiores genocídios da história

Também usavam as crianças como pilar para manter a filosofia deles viva, fazendo uma lavagem cerebral para que fossem adeptas ao regime e ensinando práticas de tortura, e também a manusear armas e plantar minas terrestres, estas que mataram e mutilaram muitas e muitas pessoas! Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas foram mortas durante o regime, quase 25% da população da época.

Em 1979 o Khmer vermelho foi derrotado pelos vietnamitas, e Pol Pot passou 18 anos escondido na selva, morrendo em 1998. Em 2005, a ONU também aprovou um tribunal para julgar líderes sobreviventes do Khmer Vermelho. Antes tarde do que nunca, não é mesmo?

Para saber mais sobre a história do Khmer Vermelho, vale a pena ler o livro “Primeiro mataram meu pai“, de Loung Ung, uma cambojana que viveu o regime quando criança e conta sua história, e que virou o filme de mesmo nome para o Netflix, dirigido por Angelina Jolie.

Mesmo após 1979, com o fim do Khmer Vermelho, as brigas pelo poder e governo continuaram e ele foi socialista até o início dos anos 90, sendo que em 1993 virou uma monarquia constitucional, comandada por Hun Sen há 25 anos. Atualmente é um dos países que apresenta um dos maiores níveis de desenvolvimento econômico da Ásia, crescendo em média 6% ao ano nos últimos 10 anos.

A partir de 1990, o Camboja foi aos poucos sendo reaberto ao mundo. Surpreendentemente, num país que foi devastado pela guerra, o complexo de Angkor escapou quase ileso (a não ser por algumas marcas de bala nas paredes dos templos), diferentemente de sua população.

As restaurações recomeçaram em ritmo acelerado e o país começou a atrair a atenção de turistas que buscavam algo novo e inexplorado. Marcas do regime ainda são plenamente visíveis. É comum encontrar homens, na faixa dos 60 anos, mutilados, cegos e com marcas do que passaram. Também é bem difícil encontrar pessoas dessa faixa etária trabalhando nos lugares. A maioria dos atendentes, garçons, e gerentes de hotel tem na faixa dos 30 a 40 anos de idade. É bem curioso. Praticamente não se vê idosos.

Sobre Siem Reap

Apesar de não ser a capital do país, Siem Reap é a cidade mais visitada, e com razão! É ali que ficam os templos de Angkor, que são uma imensidão maravilhosa! Fora que a cidade é super viva, jovem e muito acolhedora! Tem uma rua super badalada, cheia de baladinhas e bares, chamada Pub Street, e tudo acontece ali ao redor!

Super badalada Pub Street no coração de Siem Reap!

Super badalada Pub Street no coração de Siem Reap!

Vacinas e Visto

Para entrar no Camboja você vai precisar de um visto, que pode ser solicitado na entrada ou pela internet de maneira súper fácil e simples, o chamado e-Visa. Contei tudo detalhadamente sobre como solicitar este visto neste post aqui!

Para entrar no país, a carteirinha internacional de vacinação emitida pela ANVISA, com a Vacina de Febre Amarela válida e tomada com até 10 dias de antecedência da viagem é obrigatória também!

Para chegar sabendo!

Para chegar sabendo!

Como chegar

Não existem vôos diretos para o Camboja saindo do Brasil. A maioria das cias aéreas, mesmo as européias que voam para lá, fazem sempre alguma escala em Bangkok antes de voar para o país, então a maneira mais prática é combinar sua ida ao Camboja com a Tailândia, já que o tempo de vôo entre Bangkok e Siem Reap é de uma horinha apenas!  Várias cias aéreas voam de Bangkok para lá, como Air Asia, Thai Airways e Bangkok Airways. Fomos de Thai e foi um vôo super tranquilo e avião muito bom!

Para encontrar seu vôo de Bangkok para Siem Reap, clique aqui!

Para saber mais sobre nossa viagem para a Tailândia e programar melhor seu roteiro pelo Sudeste Asiático, clique aqui!

Quando ir

O país tem clima tropical regido pelas monções e a temperatura média gira em torno dos 32°! Simmmm! Faz muito calor no Camboja! A estação seca vai de outubro a abril, e é também a mais fresca. Fomos em novembro e eles diziam que estava “frio”, mas para nós era muito quente durante o dia. No verão, isto é, na estação úmida, as temperaturas podem chegar a 38°. Certifique-se de levar protetor solar, roupas de tecidos frescos, e sapatos confortáveis, para explorar os templos! Repelente também é bem vindo!

Onde Ficar

Certamente o melhor lugar para se hospedar é bem no centro de Siem Reap, próximo da Pub Street. A rua é agitada, então evite ficar na Pub Street propriamente dita, mas fique nos arredores. Nos hospedamos num hotel boutique muito simpático, novo, bonito, bem decorado, limpo e extremamente bem localizado com um ótimo café da manhã, spa e piscina, chamado Central Suites Residence. O atendimento foi incrível, um diferencial mesmo, com funcionários muito amáveis e o translado do aeroporto estava incluído. Custo x benefício excelente! Nosso vôo chegou super tarde, e o gerente do hotel foi junto nos buscar, para explicar sobre a cidade, os passeios e dar boas vindas! Achei sensacional. Eles também agendaram os passeios para a gente, sem que tivéssemos que ir atrás de nada!

Foto: Booking.com

Foto: Booking.com

Nosso quarto no Central Suites Residence!

Nosso quarto no Central Suites Residence!

Super espaçoso!

Super espaçoso!

Banheiro bem equipado!

Banheiro bem equipado cheio de amenities!

Vista do café da manhã!

Vista do café da manhã!

Eu recomendo muito se hospedar ali. Sobre estar perto da Pub Street, dá para ouvir movimentação e música de longe, mas não foi nenhum barulho que atrapalhou as nossas noites de sono!

Para ver mais detalhes e reservar esse ótimo hotel em Siem Reap, clique aqui.

Para encontrar outras opções de hospedagem em Siem Reap, clique aqui.

O que fazer

Vistar templos! Muitos deles! Mas não só isso, a cidade em si, merece sua visita também!

Muita gente passa pouco tempo na cidade e acaba apenas indo dois dias pros templos e vai embora, mas acredite, Siem Reap é super simpática, tem ótimos restaurantes, artesanatos fantásticos e ruas muito fofas para se perder!

Sugiro dividir a visita em pelo menos 3 dias inteiros (4 noites), dois para templos e um para ver as coisas da cidade. Para estes passeios você pode escolher ir com um tuk tuk e um guia, só com tuk tuk sem guia, ou com um carro com ar condicionado, com ou sem guia. Muita gente também faz de bicicleta, e alguns de elefante, mas não gosto da opção de ir de elefante não. Saiba por que aqui!

Tuk tuks estacionados no complexo de Angkor!

Tuk tuks estacionados no complexo de Angkor!

De todas as opções, eu acho que ir de tuk tuk é a mais legal, por ser divertido andar com um meio de transporte local e estar assim, ao ar livre! O carro com certeza é mais fresquinho, mas acho que perde um pouco a identidade do passeio. Como o local é gigante, a não ser que você seja fera na bike, vá de bicicleta apenas se você tiver mais dias, ou então em um dos dias que sobrar, vá para curtir um passeio, porque o pedal é longo! Os tuk tuks saem baratinho, de USD 15,00 a USD 20,00, e o guia custa em média USD 30,00 por dia!

Ir com ou sem guia?

Acho que, pela complexidade do lugar e pela história, ir com guia em um dos dias é muito legal, pois eles conhecem tudo profundamente e explicam inclusive os relevos das paredes, as formas e significados dos templos, entre outras tantas informações. Porém, eu gosto da ideia de desbravar as coisas sozinha e resolvemos ir sem guia no segundo dia, que foi o dia que fomos assistir ao nascer do sol. Foi muito legal também, pois visitamos ao nosso tempo, pudemos parar para realmente admirar as coisas sozinhos, repetimos alguma coisa que queríamos ver novamente e quando ficamos com overdose de templos, fomos embora, sem cerimônias! Acho que vai do seu perfil. Mas não acho necessário ter guia durante dois dias.

Nós e o nosso guia! Ele sabia muito e era muito querido e prestativo para tirar fotos!

Nós e o nosso guia! Ele sabia muito e era muito querido e prestativo para tirar fotos!

Se eu tivesse encontrado o livro que encontrei depois do primeiro dia de visita, antes de ir, também seria possível ter feito tudo sozinha. O livro se chama The Angkor Guidebook – Your Essential Companion to the Temples, e é um guia, em inglês, muito detalhado sobre a história do lugar, inclusive com reconstruções muito bacanas mostrando como eram antes e como estão hoje os templos. No site dá para ver algumas delas (vale a pena dar uma espiada) e vi que o livro está disponível  no Amazon. Como não existe imposto para importação de livros para o Brasil, se você estiver programando sua visita, pode comprar antes de ir e já ir estudando o que quer ver! Caso queira deixar para comprar lá, ele é vendido em vários lugares, inclusive no hotel onde nos hospedamos e custa USD 30,00! Usamos muito no segundo dia!

Roteiro para visitar os templos de Angkor

Existem duas rotas de visitação usadas por todos os motoristas e guias. O Small Circuit (em vermelho no mapa abaixo), ou circuito pequeno, que percorre 18km, e o Big Circuit (o verde do mapa abaixo), o circuito mais longo, que percorre 27 km. Justamente por isso, sugiro fazer esta visita em dois dias separados. Outra razão é a enorme quantidade de templos a serem visitados. Acredite, você pode ter uma overdose de templos! Por isso mesmo, eu até sugiro que você não vá dois dias seguidos ao complexo, deixe um dia entre as visitas para sair pela cidade e relaxar!  Muita gente inicia o primeiro dia com o nascer do sol em Angkor, mas nós preferimos ir mais tarde, por conta da hora que chegamos na cidade no dia anterior, e deixar o nascer do sol para o segundo dia de templos! Acho que acertamos!

Mapa dos circuitos de visitação dos templos!

Mapa dos circuitos de visitação dos templos!

Antes de começar sua visita, você deve ir até o Ticket Office para comprar seu ingresso. Ele pode ser adquirido para 1, 3 ou 7 dias. O ideal é comprar o ingresso para 3 dias, que custa USD 62,00. Para um dia apenas custa USD 37,00. O ingresso para 3 dias é válido por 10 dias após a emissãoIMG_9968

Dia 1 – Small Circuit

Pulamos o Angkor Wat, que seria a primeira parada para o nascer do sol, e fomos direto para Angkor Thom, ou a Grande Cidade. Ocupa uma área de quase 10km² e no seu auge chegou a possuir 1 milhão de habitantes. É cercada por uma muralha e um fosso largo. Existem 5 portões de acesso e a mais famosa ruína dali é o templo de Bayon.

Um dos portões de acesso a Angkor Thom

Um dos portões de acesso a Angkor Thom

Bayon visto de fora!

Bayon visto de fora!

Construído pelo rei Jayavarman VII, o Bayon é uma das construções mais extraordinárias do complexo, com três níveis e 54 torres, exibindo mais de 216 enormes rostos de pedra enigmáticos sorridentes. As opiniões se dividem sobre  a identidade e o significado destes rostos. Alguns acreditam que é a representação do bodhisattva da compaixão, chamado Lokesvara, outros acreditam que é a representação do próprio rei, Jayavarman VII. De longe parece um emaranhado de pedras, mas é realmente impressionante. Acho que foi um dos que mais gostei!

Faces enigmáticas no Bayon!

Faces enigmáticas no Bayon!

Surreal!

Surreal!

O guia explica tudo, até os baixo relevos das paredes!

O guia explica tudo, até os baixo relevos das paredes!

E são realmente impressionantes!

E são realmente impressionantes!

Faces enigmáticas surpreendentes no Bayon!

Faces enigmáticas surpreendentes no Bayon!

Muito grandioso!

Muito grandioso!

NZM09135

Saindo dali, a próxima parada é o Baphuon, conhecido como o maior quebra cabeça do mundo. O título se deve ao jeito com que ele foi encontrado, completamente em ruínas, dificultando o trabalho dos restauradores. Foram mais de 300 mil pedras catalogadas e reposicionadas em uma área com mais de 10 hectares, para conseguir reforçar a base do templo. A restauração foi forçada a parar nos anos 70, devido à guerra civil e ao Khmer Vermelho. Em 1990, quando foram recomeçar o trabalho, estas pedras catalogadas não estavam mais no lugar, e praticamente todo o trabalho anterior foi perdido. Em 1996, uma grande equipe uniu forças para a reconstrução, recolocando as pedras no lugar, comparando-as e, 15 anos depois, em 2011, reabrindo o templo ao público praticamente na sua forma original.

Baphuon visto de cima!

Baphuon visto de cima!

Fazendo pose pelas ruínas!

Fazendo pose pelas ruínas!

Originalmente um templo hindu, com uma torre que representava o Monte Meru, foi incorporado ao budismo 700 anos depois, e ali fica um surpreendente Buda deitado, parte de todo este quebra cabeça. É quase impossível pensar que os historiadores e equipe de restauração conseguiram colocar estas pedras todas no lugar!

Buda deitado reconstruído praticamente do zero!

Buda deitado reconstruído praticamente do zero!

A próxima ruína, e que você não precisa ficar muito tempo, é o Phimeanakas, que na antiguidade era todo dourado e era o palácio real, também conhecido como Palácio Celestial e associado a lenda de que a torre dourada ali existente na época, era ocupada por uma serpente de nove cabeças, que teria aparecido para o rei em forma de mulher com a qual o rei teve relações. Acredita-se que se o rei não conseguisse dormir com a mulher-serpente, ele morreria. Mas conseguiu e garantiu assim a linhagem real.

Pimeanakas

Phimeanakas era originalmente todo dourado!

Em 1980, o templo ficou conhecido como um bom lugar para se encontrar ouro. Tropas vietnamitas e moradores locais cavaram um buraco para extrair ouro. Num infeliz acidente durante este período, um grande bloco de pedra caiu, matando 3 vietnamitas. Os corpos nunca foram encontrados. E o buraco ainda pode ser visto.

O Terraço dos Elefantes foi a nossa última parada antes de seguir para fora de Angkor Thom, e foi um local construído para revistas militares reais e desfiles. Tem estátuas quase em tamanho real de elefantes em procissão. Também há muitas imagens de tigres, leões, serpentes e de Garuda, águia de montaria de Vishnu, deus hindu que protege o universo.

Depois de ver o Terraço dos Elefantes, saímos de Angkor Thom e fomos para um dos mais populares e lotados templos do complexo, o Ta Prohm. Ficou conhecido por aparecer no filme Tomb Raider, de Angelina Jolie, mas na verdade é considerado a mais misteriosa de todas as construções religiosas de Angkor. Ta Prohm, construído em homenagem a mãe do rei Jayavarman VII, era um mosteiro budista, possuía mais de 3 mil vilas e tinha 80 mil funcionários, sendo que existiam ali mais ou menos 600 dançarinas. Era decorado com pérolas e diamantes.

Lugar mais fotografado do templo!

Lugar mais fotografado do templo!

Famoso templo do filme Tomb Raider! Se prepare para a fila na hora da foto!

Famoso templo do filme Tomb Raider! Se prepare para a fila na hora da foto!

Raízes gigantes de figueiras tomaram muitas partes dos templos!

Raízes gigantes de figueiras tomaram muitas partes dos templos!

Durante sua restauração, foi decidido que tentaria se manter ao máximo a estrutura como foi encontrada, restaurando apenas o templo para que este não caísse e derrubando apenas as árvores que ameaçassem a estrutura. O resultado é extraordinário e mostra como a densa floresta cresceu por cima dos templos quando estes foram abandonados. O templo é tomado por raízes de figueiras gigantes! Adoramos! Prepare-se para a fila da famosa foto!

E parece que estamos num outro tempo, de verdade!

E parece que estamos num outro tempo, de verdade!

Antes e depois da restauração!

Antes e depois da restauração!

Para fechar o dia com chave de ouro, lá por umas 16:00h, fomos rumo ao principal templo de todo o complexo, Angkor Wat!

Sem palavras para este lugar!

Sem palavras para este lugar!

Angkor Wat é o maior monumento religioso do mundo, e uma construção impressionante, daquelas de arrepiar literalmente, já na hora que você vai chegando. Seu nome significa “a cidade que é um templo”. Foi construído pelo rei Suryavarman II, no século 12, e foi originalmente consagrado a Vishnu, deus hindu protetor da criação e do universo. Tem o formato de uma mandala, e no meio do complexo existem 5 torres, formando um botão de lótus, que representam o Monte Meru, morada mítica dos deuses e centro do universo na religião hindu.  É rodeado por um largo fosso e é cheio de entalhes muito bem preservados nas paredes, reconstruindo cenas do império Khmer, como lutas, apsaras, e cenas cotidianas, todas em baixo relevo. O templo está voltado para o oeste, na direção do sol poente, símbolo da morte, e muitos acreditam que o rei construiu o templo para ser seu mausoléu.

Muito fotogênico, lugar de arrepiar!

Muito fotogênico, lugar de arrepiar!

Vista do topo do templo!

Vista do topo do templo!

No interior do templo!

No interior do templo!

Dia 2 – Big Circuit

Neste dia, pule da cama cedo e saia do hotel no máximo às 5:00h, para chegar a tempo de pegar um bom lugar para assistir ao nascer do sol em Angkor Wat! É um momento único e o ponto alto da visitação do complexo! O hotel nos deu uma caixinha com o café da manhã para comer depois do nascer do sol, e não poderíamos ter iniciado nosso dia de forma melhor! Pegamos um ótimo lugar, pena que no dia que fomos não estava assim ensolarado. De qualquer forma, as cores do céu, o contraste do templo e a tranquilidade do lugar, são daquelas experiências que ficam pra sempre guardadas no coração!

Emocionante!

Emocionante!

Foi inesquecível!

Foi inesquecível!

Logo após o nascer do sol!

Logo após o nascer do sol, lá pelas 6:00h, monges em direção ao templo!

Como já tínhamos visitado o interior de Angkor no dia anterior, após o nascer do sol, rumamos para o Big Circuit, porém fizemos uma parada estratégica no Bayon para fotos melhores, com a luz do amanhecer, já que ele está quase vazio às 7:00h.

Decidimos não parar em todos os templos, escolhemos os que mais tínhamos vontade ver e alguns que o nosso motorista de tuk tuk falou que eram imperdíveis!

Primeira parada: Preah Khan, um dos principais templos do dia! Acredita-se que este templo foi construído sob um “lago de sangue”, após uma batalha, e a vitória por parte do império Khmer, garantiu a posição do rei Jayavarman VII, que construiu este templo em homenagem a seu pai. Tem o design parecido com o Ta Prohm, que foi construído 5 anos antes.

Prea Khan

Preah Khan

preah-khan-seim-reap-cambodia

Durante o Khmer Vermelho, tropas vietnamitas usaram o templo como abrigo. É possível ver marcas de balas nas paredes.

Atrás do templo tem umas janelas tomadas por raízes de forma impressionante e que rende ótimas fotos!

Muito impressionante!

Muito impressionante!

Depois deste, paramos no Neak Poan, um templo construído no meio de um lago. O templo em si não é nada de mais, mas o caminho até lá é legal, por cima de uma passarela toda de madeira! Fiquei imaginando como foi que construíram o templo lá no meio!NZM09600

Saindo dali, paramos no Ta Som, um pequeno templo também tomado pelas raízes de figueira, mas não tão popular e infinitamente menos lotado do que o Ta Prohm. Este templo parece que saiu de dentro de um filme do Indiana Jones! Vale a pena a parada!

Ta Som também impressiona sem ser tão lotado de turistas!

Ta Som também impressiona sem ser tão lotado de turistas!

Ta Som

Ta Som

Saindo dali, fizemos a segunda mais importante parada do dia, o East Mebon. Este templo hoje rodeado por plantações de arroz, ficava no meio de um lago, algo bem difícil de se imaginar. Muito antigo, foi construído no século 10, e uma grande parte do lago foi aterrada para a sua construção. Ele era acessível apenas de barco. É rodeado por 4 estátuas de elefantes muito bem preservadas, além das paredes entalhadas em pedra.

East Mebon

East Mebon

Lindo e bem conservado!

Lindo e bem conservado!

Os elefantes estão em bom estado de conservação dada a idade dos templos!

Os elefantes estão em bom estado de conservação dada a idade dos templos!

Nós pulamos o Pre Rup, que nosso guia disse ser parecido, e fomos direto para o Banteay Kdei, último templo do dia! Tem a forma original parecida com Ta Prohm, porém parece muito menos em ruínas pois monges continuaram ocupando o templo para fins religiosos, e ele não foi totalmente abandonado.

Banteai Kdei

Banteai Kdei

Atenção! Para não fazer feio nos templos, lembre-se de se vestir de forma respeitosa, de acordo com a religião budista. Não mostre os ombros e nem os joelhos. Evite calças justas. Se você for de regata + um lenço, pode ser que não te deixem entrar. Opte por uma camiseta de manga mesmo e se estiver de shorts, leve uma canga e use como sarong. 

O que fazer além dos templos

Todo mundo que visita Siem Reap vai até lá por causa de seus famosos templos. Mas isso não quer dizer que eles são a única atração. Mesmo tendo um turismo recente, a cidade já criou uma atmosfera muito legal e atraente, com lojinhas, restaurantes, cafés e atrativos para ocupar o tempo em que o turista está fora do complexo de Angkor.

Ruas de Siem Reap!

Ruas de Siem Reap!

A maior parte do tempo você vai ficar perambulando pelos arredores da Pub Street. São diversas ruazinhas e becos lotados de bares e lojinhas. À noite, o agito é total, com mercados noturnos, ruas lotadas, música ao vivo e carrinhos vendendo bebidas de qualidade duvidosa (bebemos um dia num dos carrinhos e não foi bom não!).

Rua fofa

Ruas fofas pela cidade!

Lojinhas legais estão espalhadas por toda cidade!

Lojinhas legais estão espalhadas por toda cidade!

Se quiser agito, é na Pub Street!

Se quiser agito, é na Pub Street!

Mas além dessa bagunça boa que só se vê na Ásia, o Camboja é famoso por produzir seda de excelente qualidade e artesanatos em pedra, cerâmica e madeira muito lindos. E você consegue comprar estas peças diferenciadas na cidade também, além dos souvenirs de mercado, feitos em larga escala. O mais legal é que existe uma fundação, chamada Artisans Angkor, que tem como missão preservar a herança cultural do Camboja, melhorando a vida das pessoas que vivem na zona rural, educando e passando a tradição adiante. É uma fundação sem fins lucrativos, que conta com 48 oficinas espalhadas pelo país, treinando cambojanos para produzir seda, peças em algodão, pedra, madeira, prata e cerâmica. É possível visitar a fundação que fica bem próxima à Pub Street, e ter uma amostra de como as coisas são feitas, além de visitar a enorme loja, onde todo valor gasto é revertido para a própria fundação!

Em Artisans Angkor é possível ver o minucioso trabalho dos artesãos!

Em Artisans Angkor é possível ver o minucioso trabalho dos artesãos!

E de tentar fazer (sem sucesso!) algo parecido!

E de tentar fazer (sem sucesso!) algo parecido!

artisans-angkor-siem-reap

Ali eles também mostram passo a passo de todos os processos!

Ali eles também mostram passo a passo de todos os processos!

Todas as pintoras deste setor são deficientes auditivas.

Todas as pintoras deste setor são deficientes auditivas.

É muito bom poder comprar itens assim, que realmente contribuem para manter a tradição do país, e não apenas os souvenirs em massa, made in China. É um pouco mais caro que nos mercados, mas amei! Trouxe lenços de seda, mas ali existem almofadas, estátuas e uma infinidade de peças de vestuário e decoração!

A loja é linda! E tem muita coisa!

A loja é linda! E tem muita coisa!

artisans-angkor-siem-reap-cambodia

Faz parte da fundação também a Angkor Silk Farm, que fica mais afastada do centro, mas que pode ser visitada e mostra passo a passo como são feitos os itens de seda! Gostaria muito de ter visitado, mas não tivemos tempo!

O Camboja também é muito famoso por suas pedras preciosas e é um ótimo lugar para comprar pedras por bons preços. Se quiser encontrar tudo num lugar só, tendo a assistência de especialistas, vá ao Gemological Institute of Camboja. Fica pertinho da Pub Street também.

A loja tem uma variedade imensa de pedras preciosas!

A loja tem uma variedade imensa de pedras preciosas!

Elas podem ser compradas assim, avulsas, ou em jóias prontas!

Elas podem ser compradas assim, avulsas, ou em jóias prontas!

Eles têm mais de 150 tipos de pedras, tanto do Camboja como do resto do mundo. Você pode levar suas pedras para uma avaliação laboratorial de qualidade e valor, ou fazer pequenos cursos para aprender sobre gemologia. A variedade de pedras à venda é impressionante, e eles explicam sobre a qualidade de cada uma. Você pode comprar as pedras avulsas, para mandar fazer sua joia depois, ou já em joias de prata ou ouro prontas, com certificado de garantia e identificação da pedra.

A pedra mais famosa do país, e que só é encontrada no Camboja, é o Zircão azul. Uma pedra preciosa, o zircão é um mineral composto por silício, magnésio e quantidades mínimas de urânio e tório, que pertence à família dos silicatos e se origina através da cristalização das rochas magnéticas. Dada sua composição, necessita tratamentos ao calor, entre 800-1000 graus centígrados para eliminar os resíduos dos compostos radioativos (urânio e tório). A aparência original do zircão é muito variada; é transparente em estado puro, mas há casos que podem ser encontrados em tonalidades intensas como verde, vermelho, laranja, violeta, amarelo e azul, conforme as impurezas presentes nele. Muitas pessoas acabam confundindo erroneamente seu nome com a Zircônia, que é uma pedra sintética e barata, encontrada em abundância na confecção de semi jóias e bijuterias.

Eu me apaixonei por um anel de zircão, e comprei já pronto, mas a quantidade de pedras avulsas maravilhosas era enorme, e a tentação desta visita é grande! Acho que é uma lembrança muito bonita do país.

Existem lojas de pedras nos mercados noturnos também, apesar de tudo parecer lindo, é difícil saber se a procedência é verdadeira!

O que comer

A culinária Khmer é muito gostosa, temperada na medida, nem perto de ser apimentada como a comida tailandesa. O prato mais famoso é o Amok, que pode ser de peixe ou camarão.

Esta pasta chamada de amok, base da receita, é facilmente encontrada nos mais diversos mercados. É uma mistura que leva capim-cidreira, gengibre chinês, açafrão da terra, alho e cebola.

Além do Amok, o churrasco cambojano também é muito famoso, e é como um fondue com carnes exóticas. Eles colocam uma chapa no meio da mesa, com carne de cobra, canguru, jacaré, rã, frango, peixe, etc, e você vai tostando e comendo. Para quem curte experimentar coisas bem exóticas, vale a pena. Eu não consegui!

Sobre locais onde comer, são dezenas de opções, e acho que você deve escolher pelo que estiver mais afim na hora, pela cara ou pelo cardápio do lugar. Também dá para ir pulando de um bar ao outro, experimentando drinks, já que são todos muito baratos.

Drinks baratos e carnes exóticas, você encontra por aqui!

Drinks baratos e carnes exóticas, você encontra por aqui!

As canecas de chopp custam de USD 0,50 a USD 1,00 e os drinks como margaritas são na faixa de USD 1,50 a USD 3,00. A cerveja mais famosa é a Angkor Beer.

Saindo um pouco dos arredores da Pub Street, uma ótima opção para jantar é o famoso The Sugar Palm. É um restaurante bem tradicional de comida cambojana, conhecido por servir o melhor Fish Amok da cidade. Fish Amok é um dos pratos mais tradicionais e deliciosos do Camboja, herança do império khmer. Basicamente, é feito de peixe cozido em molho de coco à base de curry. Amei!

Nossos Amoks no The Sugar Palm!

Nossos Amoks no The Sugar Palm!

A entradinha também era excelente!

A entradinha também era excelente!

Além de ótima comida, o restaurante é lindo!

Além de ótima comida, o restaurante é lindo!

Pertinho do The Sugar Palm, fica o Hard Rock Café. Mas, considerando que tudo é muito barato pela cidade, não acho que vale a pena comer no Hard Rock, que tem o seu cardápio e preço padrão do resto do mundo.

Saindo um pouco da região da Pub Street, descobrimos por acaso uma área muito simpática chamada Kandal Village. É uma quadra cheia de lojinhas descoladas, cafés, galerias, spas, moda, artesanato e cultura. As comprinhas fogem do padrão de souvenirs baratos e bugigangas encontradas nos mercados de rua, com marcas locais de roupas, muitas sustentáveis e objetos de design. Para comer, também são diversas opções bacanas, com uma pegada mais saudável e descontraída. Optamos por comer no Vibe Café e não poderíamos ter acertado mais. É o primeiro restaurantezinho vegano do Siem Reap, cheio de opções saudáveis, “plant-based”, sem glúten, sucos prensados, smoothies, bowls de açaí, etc. Tudo é feito no local, super fresco e delicioso. Gostamos tanto que voltamos para almoçar no outro dia também. Se quiser uma dica, a “Explorer Quesadilla” é demais! O smoothie com coco e baunilha também me ganhou e surpreendentemente pedi a mesma coisa para almoçar por dois dias seguidos!

Além de delicioso, o café tem uma sala interna muito linda!!

Vibe Cafe

Explorer Quesadilla! Plant based perfeito!

Explorer Quesadilla! Plant based perfeito!

Smoothies deliciosos!

Smoothies deliciosos!

O Café!

O Café!

Muitas opções!

Muitas opções!

Se estiver na região da Pub Street, dá para ir a pé mesmo, ou pegar um tuk tuk, se tiver preguiça, pouco tempo ou muito calor.

Outra opção boa e barata próxima da Pub Street é o Viva! Restaurante mexicano animado que diz servir a frozen margarita mais gelada da cidade! Jantamos com entrada, prato principal, 5 drinks e uma cerveja, por USD 23,00! Cada dia ficava mais assustada com o preço das coisas!

Outro lugar que tomamos um sorvete muito bom e que é bem fofo é o Cafe Central !

Cafe Central tem ótimos sorvetes!

Cafe Central tem ótimos sorvetes!

Siem Reap foi certamente a cidade da viagem que mais me surpreendeu! Amei! Fui embora com tristeza, querendo ficar mais um pouquinho! Espero ter ajudado a facilitar a visita à cidade! Escrevendo o post me deu ainda mais saudades!

Difícil me despedir daqui!

Difícil me despedir daqui!

Veja no mapa abaixo, a localização de todos templos e outros pontos citados nesse post.

Obrigada pela visita e até logo!

(Visited 439 times, 1 visits today)

Comentários:

  • Krishna Stuti

    1 de julho de 2018

    Ótimo relato! Ia ficar soment dois dias mas desisti e seguirei sua dica! Estou indo com minha esposa e de tudo que lemos até agora, o seu foi o melhor e mais completo! Muitos detalhes legais! Agora vamos ao resto! Parabéns!

    responder…
  • Regina M gaertner

    28 de setembro de 2018

    OI NATÁLIA! AMEI O SEU POST E COM ELE FIQUEI AMANDO TB O CAMBOJA! NÃO VEJO A HORA DE CONHECER PESSOALMENTE! DIA 20/10 ESTAREMOS LÁ. VC ESCREVE E DESCREVE MUITO BEM!

    responder…
  • Thais

    8 de outubro de 2018

    Oi Natalia, tudo bem?

    Seu post me salvou. Estava bem perdida em o que fazer la, mas agora ja tenho ate um itinerario gracas a voce. uma perguntar: o Guia, como voce o achou? Teria o contato dele para que eu possa agenda-lo?

    ps.: Desculpas pela falta de acento. O teclado daqui nao tem acento.

    Obrigada. =)

    responder…
  • Cíntia

    16 de outubro de 2018

    Estou encantada com o seu relato, estou montando minha viagem e me ajudou demais, muito obrigada mesmo

    responder…
  • Juliana

    7 de setembro de 2019

    Adorei seu relato, obrigada!
    Com certeza usarei as dicas.

    responder…
  • Ricardo

    24 de outubro de 2019

    A riqueza de detalhes do seu roteiro é fantástica.
    Parabéns por incentivar tantas pessoas.

    Poderia me ajudar com algumas dúvidas?
    Vocês acham que vale à pena o Lady Temple e a cachoeira do filme Tomb Rider? E acerca do Phnom Kulen National Park, cogitaram ir?

    responder…
  • Deborah

    12 de abril de 2020

    Maravilhoso o relato, muito obrigada pelas dicas e pelos detalhes.

    responder…

envie um comentário