Praia no Egito? Tudo sobre Sharm-el-Sheikh – Dicas e Roteiro completo!
Oi gente!
Hoje vim contar sobre nossa experiência de praia no Egito! Sei que muita gente nem imagina que existem destinos de praia no Egito, pois o mais comum é as pessoas irem para lá para visitar as pirâmides, templos e esta parte mais cultural e histórica. Mas eles existem e são fantásticos! No Egito você pode visitar o litoral banhado pelo Mar Mediterrâneo e outro banhado pelo Mar Vermelho, que foi o que escolhemos. E se eu te disser ainda, que o Mar Vermelho, além de ter água muito azul é um dos lugares mais famosos do mundo para mergulhar?
Então, lembro que quando fiz meu primeiro curso de mergulho, lá por 2013, meu professor comentou que já tinha ido mergulhar no Egito e depois disso, sempre quis conhecer o mar vermelho, tão famoso pela sua visibilidade e corais intactos!
Desde então, sempre soube que queria combinar uma visita ao Egito clássico com as praias! É claro que, certamente alguma coisa que comentei nos meus posts, que achei que ficaram faltando, ou que teria feito diferente, teriam sido possíveis se eu tivesse usado estes 5 dias de praia para a parte cultural, porém achei que foi um equilíbrio muito legal.
A parte cultural é riquíssima, linda! Mas a viagem se torna bem cansativa e achei que estes dias de praia no final foram a cereja do bolo!
Onde fica Sharm El Sheikh
Sharm El Sheikh é uma das principais cidades litorâneas do país e fica ao sul da Península do Sinai entre o deserto e o Mar Vermelho. Veja no mapa abaixo, lá na parte inferior da península. É conhecida por suas praias abrigadas de água cristalinas e lindos corais. Balneário super popular entre europeus, com mais de 300 hotéis, muitos restaurantes e lojinhas! Ali o sol é garantido o ano inteiro! Na verdade, ali parece um outro país dentro do Egito. Com avenidas largas, arborizadas, limpas, você vai ver um Egito bem diferente do Cairo.
Sobre a Península do Sinai
Há 40 milhões de anos, quando as placas da África e Arábia começaram a se separar, formaram o Golfo de Suez e o Golfo de Aqaba. É entre estes dois golfos que surgiu o deserto e a península do Sinai, umas das regiões mais estratégicas do mundo por fazer conexão entre a Ásia e a África. O Mar Vermelho por si só, já tem um papel fundamental, pois viabiliza a ligação entre o Oceano Índico e o Mar Mediterrâneo, que por sua vez está integrado ao Oceano Atlântico. Na antiguidade, essa região do Sinai era abundante em ouro, cobre e turquesa. Somando tudo isso, vemos uma região tumultuada e disputada que, historicamente já foi palco de incontáveis guerras.
Além da importância geográfica, a região tem sua importância religiosa, já que para muitas pessoas, o Sinai é a “grande e terrível vastidão” mencionada na Bíblia, através da qual os israelenses viajaram em busca da terra prometida e foram libertados durante a abertura do Mar Vermelho. Deus teria falado com Moisés pela primeira vez no cume do Monte Sinai e ali lhe entregado as tábuas dos 10 Mandamentos. Por isso, também atrai viajantes peregrinos.
Devido à posição única entre culturas e continentes, terreno montanhosos e muitos turistas, a região de Sharm el Sheikh tende a ter mais problemas com segurança. Vários ataques com bombas já aconteceram na região no passado, o último deles em 2005. Mesmo assim, é impossível definir a ocorrência de algum ataque. Vale verificar, antes de viajar, como andam os ânimos na região, porém eu achei o Egito bem tranquilo perto do que todo mundo pintava. Todos os hotéis têm uma segurança muito rígida, tanto no Cairo quanto em Sharm el Sheikh, você vê policiamento na rua e não senti medo nenhuma vez. Acho que aqui bo Brasil vejo bem menos polícia. Mas fica como alerta apenas dar uma verificada.
Quando visitar Sharm El Sheikh
Verdade é que você pode visitar o Egito durante todo o ano, afinal, as chuvas, inimigas da maioria dos viajantes, quase não dão as caras pelo país. Chove pouquíssimo, uma média de 45 dias no ANO!
Sharm el Sheikh pode ser visitada o ano inteiro, porém eu evitaria os meses de dezembro e janeiro, por ventar mais e ser mais frio, principalmente à noite. Fica ruim para banho de mar e mergulho (alguns pontos até inacessíveis).
Para mergulho, a época mais popular é de julho a setembro, mas é também a mais quente no Egito, portanto, se eu fosse combinar destino de praia e cultural, também evitaria julho e agosto.
Na minha opinião, a meia estação é sempre a melhor época para a viagem perfeita ao Egito, calor na medida e nada de chuvas! Março, maio, setembro, outubro e novembro são épocas muito boas para unir deserto e praia!
Regiões de Sharm el Sheikh
Sharm el Sheikh é um balneário bem grande e dividido em 5 regiões maiores e centrinhos, todos eles com suas praias ao redor. Alguns locais são mais badalados que outros, alguns possuem mar mais bonito, outros hotéis mais luxuosos. São eles: El Hadaba, Old Town (ou Sharm el Maya), Naama Bay, Sharks Bay e Nabq Bay.
Por ser uma cidade grande, para se deslocar e conhecer estes diferentes locais, você vai precisar ir de carro. Não é o tipo de lugar que dá para fazer tudo caminhando. Mesmo assim, de uma ponta a outra, você deve levar em torno de meia hora, nada muito demorado.
Naama Bay
Conhecida por ser a mais badalada no quesito vida noturna, possui muitos restaurantes, bares e lojinhas e tem resorts enormes e muitos hotéis mais econômicos. É a região da ilha com o valor médio das diárias mais baixo de Sharm. Tende a ser mais movimentado, com praias mais cheias. Mas se a sua ideia é fazer passeios fora do hotel, para mergulhar ou conhecer outras atrações e quer sair à noite para jantar ou badalar, pode ser interessante ficar por aqui.
Sharks Bay
Esta região fica 6km ao norte de Naama Bay e aqui a praia é linda e com ótimos pontos de mergulho e snorkel. Lindos corais. Aqui também ficam hotéis mais luxuosos, como o maravilhoso Four Seasons e Rixos e tem um centrinho bem lindo, com ótimos restaurantes, chamado Soho Square. Os produtos das lojinhas são parecidos com os dos outros lugares, mas as lojinhas aqui são bem mais arrumadinhas, quem sabe pelo público. Tem também um show de águas dançantes.
Nabq Bay
Fica 16km ao norte de Naama Bay e é a parte de Sharm mais próxima ao estreito de Tiran e bem na entrada do Golfo de Aqaba. Aqui existe um centrinho também. Por ser mais afastadas, não achei tão interessante para me hospedar e nem visitei.
Old Town (Sharm el Maya)
Aqui é o centro antigo da cidade, onde também fica a Mesquita. Foi a primeira área de resort em Sharm el Sheikh, criada quando os israelenses ocuparam a Península do Sinai após a Guerra dos Seis Dias. Hoje, o Old Market e a mesquita El Mustafa são os maiores pontos de interesse da região. A praia não é o forte e, confesso que achei o pior centrinho de todos, com MUITAS lojas de coisas falsificadas (você se pergunta até se o artesanato é verdadeiro hehehe), e restaurantes mais turísticos, porém ótimos lugares para comer frutos do mar fresquinhos! Vale visitar pela comida e para ver a mesquita! Existem sim artesanatos bonitos, mas no meio de tanta coisa falsificada a gente fica meio desconfiado.
El Hadaba
Também conhecido como Ras Um Sid, fica na parte sul da cidade, a cerca de 6 km de Naama Bay. O local mistura hotéis de luxo, apartamentos para alugar e casa de nativos. A maior vantagem de El Hadaba, para mim, é o mar. O local está bem próximo ao Parque Nacional Ras Muhamad e por isso dizem que essa é a melhor praia, dentro de Sharm, para mergulhar. Esse também é o bairro que possui mais opções de hospedagens. Nosso hotel ficava aqui! Amei!
Onde ficar
Como comentei, existem mais de 300 hotéis em Sharm el Sheikh e com certeza você vai encontrar um que se encaixa no seu orçamento e nas suas preferências. Aqui vale dizer que existem hotéis all-inclusive e outros não. Isso também vai da sua preferência. O balneário realmente oferece muitas opções gastronômicas fora, não existe a necessidade de estar em um all-inclusive, mas existe a comodidade.
Já contei em posts anteriores sobre Egito, que esta foi uma viagem que fizemos e que não queríamos gastar muito. Portanto, fui mais comedida na escolha dos hotéis e acabei escolhendo também pelo valor. Aqui em Sharm, além do valor, eu queria um em uma praia com corais lindos pra snorkel, porque, apesar de ser uma região sensacional para mergulho, eu sabia que queria descansar e não ter que mergulhar de cilindro para ver coisas bonitas no Mar Vermelho. Li bastante sobre as regiões e no fim, escolhi um que achei com custo-benefício dentro do que eu buscava, porém estando lá, vi que tinham bastante para melhorar.
Eu sou bem exigente com hotéis. Por isso, vou deixar a dica do meu, com prós e contras e, outras sugestões de hotéis que vi na minha pesquisa e porque não escolhi.
Reef Oasis Beach Resort
Este hotel 5* fica em Hadaba, junto com outro da mesma rede chamado Sentido Reef Oasis. Os dois hotéis funcionam com esquema all-inclusive, incluído toda comida e bebida. Além disso, um jantar em algum à La Carte também estava incluído. Os hóspedes dos dois hotéis podem usar toda a estrutura. A propriedade é realmente enorme e muito bem cuidada! Os jardins são lindos! A praia é linda e a vista do hotel também! Eu escolhi este resort pela praia, mais especificamente pela barreira de corais desta praia, uma das melhores para mergulhar em toda Sharm El Sheikh. O Temple Reef é realmente incrível e um diferencial para mim foi a possibilidade de entrar no mar diretamente no reef, com snorkel e aproveitar muito do que o Mar Vermelho tem a oferecer, mesmo nos dias que eu não quisesse fazer mergulho.
O quarto é bem espaçoso, porém bem antigo. Não nos faltou nada, mas para 5* achei que poderia ter móveis mais novos. Não tinha nada quebrado, mas era antigão assim. A vista do quarto era bonita!
Por causa do Covid, eles estavam com menos serviço de limpeza no quarto e, para mim, isso fez falta. Mas não sei dizer como é fora dessa situação.
O hotel é ENORME! Geralmente não é muito meu estilho de resort, que prefiro lugares mais intimistas e pequenos. Mas não achei lotado. Porém para pegar bom lugar na praia, tem que chegar cedo! Achei que tinham muitas famílias no hotel.
Sobre a estrutura de alimentação, eles oferecem muitos bares com bebidas nas piscinas (que são várias pelo hotel). Porém lembrem-se que os drinks não são o forte dos Egípcios. Achei todos MUITO fracos e foi impossível encontrar uma tacinha de vinho em qualquer um deles! Achei bem fraco mesmo.
Eles também oferecem dois restaurantes em estilo Buffet, o La Citadel Restaurant e o Kabagi Grill, que servem café da manhã, almoço e jantar. Fomos tomar café da manhã nos dois e também almoçar. Eram MUITO bem servidos, comida muito boa mesmo e excelente atendimento. Por causa do Covid, tinha que ficar pedindo as coisas nas ilhas, o que era mais demorado, mas acho que é pela situação, não dá para culpar o hotel.
Restaurantes À La Carte eram 3, o Italiano La Gioconda, que estava fechado por conta do Covid, o Moonlight Restaurant que dizem ser excelente e tem uma vista incrível do mar e o Maharajah Indian Restaurant, que fomos e era sensacional! Vale dizer que é bom fazer reserva com antecedência para o Moonlight Restaurant, quisemos ir e não conseguimos, porém amamos muito o indiano!
O bar de praia era MUITO fraco, a não ser que você goste de comer batata frita, pizza e cerveja, não vai ter muita coisa pra você aqui. Achei que faltou opções de drinks, vinho, e algumas outras opções de comida, mesmo que para vender.
A escola de mergulho é premiada e excelente. Outro motivo para eu ter escolhido este hotel. Eles oferecem passeios por todos os lugares famosos, mergulhos para todos os níveis e curso de mergulho. Eu estava 2 anos sem mergulhar e eles fizeram o “refresh” na piscina para mim gratuitamente. Os instrutores falam bem inglês e são muito experientes. Tem mergulho no House Reef diariamente em diversos horários. Perfeito.
Além disso o hotel tem algumas lojinhas de conveniência.
Concluindo, amei a localização e a praia. Escola de mergulho excelente. Boa estrutura e restaurantes e valor bem acessível para all-inclusive. Pecou MUITO na bebida e nos bares, no de praia principalmente. Isso acabou deixando os momentos de descanso na praia menos prazerosos. E achei os quartos antigos.
Four Seasons
Namorei muito este hotel, porém no fim, o único motivo de não ter ficado ali foi financeiro mesmo. Não estava querendo gastar tanto com hotel. Porém ele é o melhor, sem sombra de dúvidas. Depois de ter visto as falhas do meu, acho que teria valido ter dividido a estadia entre ele e outro mais em conta. O hotel é enorme, lindo, com jardins impecáveis e fica em Sharks Bay, lugar com corais maravilhosos para snorkel também! Se puder, nem pense duas vezes! Veja aqui!
Outra rede que li ser muito boa por lá, com all-inclusive premium, no caso, belos bares etc, é a rede Rixos! Veja aqui.
Como se locomover
Não achei que um carro é necessário por aqui. A agência que fechamos no Egito inclusive organizou todos os nossos transfers de ida e volta ao aeroporto. Achei que funcionou perfeitamente e não percebi que os turistas possuíam carros.
Existem taxis e achei que foram seguros. A única coisa bem esquisita foi que você chamava o taxi e rolava todo um esquema. Eles param sempre na frente da loja de um amigo e dizem que vão buscar você ali para voltar. E esse amigo já vem e oferece muitas coisas para comprar. Claro que querem vender, mas não nos sentimos enganados. Tudo funcionou bem e as corridas não eram caras, em média USD 15 ida e volta. Para pegar contato de motoristas, pedimos na recepção do hotel. Depois da primeira corrida, acabamos pegando com o motorista mesmo o cartão e daí falávamos por WhatsApp.
O que fazer
Sendo o Mar Vermelho um dos lugares mais procurados do mundo para mergulho, por causa de seus corais preservadíssimos e uma visibilidade incrível, e de o Egito ter um clima favorável para curtir a praia, não preciso dizer que, atividades na água serão os “must” deste lugar, certo? Mas vou deixar as coisas mais relevantes!
Confesso que estávamos na vibe de descansar e aproveitar e não fizemos nenhuma excursão. Também porque ainda estava com aquela coisa toda de pandemia, e os passeios geralmente eram com mais gente, então eu ainda estava meio antissocial. Mas passeios não faltam por lá!
Passeio de Barco para Ras Mohammad
Ras Mohammad é o principal local de mergulho do Egito para a vida marinha. Esta é uma reserva natural de 480 km² e uma zona protegida que abriga uma das mais ricas biodiversidades do Mar Vermelho.
Quem visita Sharm el Sheikh tem a opção de visitar este lugar em uma excursão para mergulho de cilindro ou passeio de barco com snorkel. Geralmente os passeios para snorkel incluem uma parada na famosa White Island, um banco de areia à la Maldivas!
Para os mergulhadores, vale programar para ir para Shark Reef e Yolanda, no extremo sul de Ras Mohammed. Este é de longe o melhor local de mergulho e o ponto onde as águas do Golfo de Aqaba e do Golfo de Suez se encontram. Pelo que conversei com meu instrutor de mergulho, quando ainda estava decidindo onde mergulhar, os barcos de mergulho scuba saem menos cheios e é possível escolher em que pontos parar, também dependendo do clima e ventos, por exemplo. Eles geralmente vão sugerir algo que funcione. Tenha em mente que nenhum mergulho será feio em Sharm El Sheikh.
Mergulho de Cilindro
Por já ter sido considerado inclusive uma das 7 Maravilhas do Mundo Subaquático, o Mar Vermelho tem opções de sobra para quem gosta de água. E você encontra mergulho para todos os níveis aqui, inclusive você pode aproveitar para vir pra cá e fazer seu curso de mergulho. Muitos centros de mergulho, incluindo o do nosso hotel, são certificados PADI e dão tanto curso para iniciantes, quanto outros níveis. Tinha bastante gente fazendo curso no nosso hotel! Vou deixar alguns lugares famosos para fazer mergulho de cilindro em Sharm El Sheikh:
- Yolanda e Shark Reef, (Ras Mohammad Marine Park) – muitos peixes, grandes cardumes e tubarões. Vida marinha riquíssima! Para mergulhar aqui, você vai precisar fazer um passeio de barco, já que este é um Parque Nacional belíssimo.
- Estreito de Tiran – Quatro pontos de mergulho bem conhecidos ficam aqui: Gordon, Thomas, Woodhouse e Jackson. Perfeito para ver corais preservadíssimos, grandes cardumes, tubarões e Arraias Manta! Queria ter feito este passeio, mas o Paulo não estava na mesma vibe de mergulho que eu, então resolvi escolher atividades que pudéssemos fazer juntos.
- Temple Reef – ponto de mergulho muito conhecido, cheio de corais intactos e coloridos e uma vida marinha riquíssima! Este ficava exatamente na praia do nosso hotel, e foi aqui que fiz todos os snorkel da viagem e meu mergulho de cilindro!
- Ras Nasrani – outro local de fácil acesso, próximo do Farsha Café. Dá para fazer snorkel também.
Sharm El Sheikh também tem um dos mergulhos de naufrágio mais famosos do mundo, incluindo o SS. Thistlegorm.
Os mergulhadores conhecem este enorme naufrágio por ser um dos melhores locais de mergulho do mundo. A razão é que este enorme navio a vapor de carga da Segunda Guerra Mundial tem 125 m de comprimento e está quase perfeitamente preservado em uma profundidade de cerca de 30 metros. Ele foi construído no nordeste da Inglaterra em 1940 e afundado por aviões bombardeiros alemães no Mar Vermelho em 1941
Além disso, o mais incrível é que dentro do navio, os mergulhadores podem ver cargas militares bem preservadas, incluindo armamento leve, canhão, locomotivas, veículos e motocicletas. Mas esse tipo de mergulho requer certificação mais avançada. Cheque isso com seu centro de mergulho.
Se você planeja mergulhar aqui, eu também recomendo avisar o centro de mergulho do seu hotel ou de onde você for fazer seus mergulhos assim que chegar, pois poucos locais mergulham neste naufrágio todos os dias e geralmente há uma lista de espera.
Em Naama Bay, do lado Norte, existem oito pontos de mergulho: Ras Ghamila, Ras Nasrani, Ras Bob, White Knight, Shark Bay, Far Garden, Middle Garden e Near Garden.
Além disso, no lado Sul, existem nove pontos de mergulho; Sodfa, Tower, Pinky Wall, Amphoras, Turtle Bay, Paradise, Ras Umm Sid, Temple e Ras Kady.
Fazer snorkel
Você não precisa curtir mergulhar de cilindro para poder aproveitar. Existem muitos corais acessíveis de snorkel, alguns até saindo da praia! Para quem curte somente snorkel, sugiro fazer o passeio para Ras Mohammed. Além disso, use e abuse das praias. Se possível, escolha um hotel com bom snorkel na frente, assim você não precisa se deslocar para aproveitar!
Algumas das praias mais bonitas são:
- Naama Bay – muitas praias com restaurantes e resorts. Ao Norte de Naama Bay existem oito pontos de mergulho: Ras Ghamila, Ras Nasrani, Ras Bob, White Knight, Shark Bay, Far Garden, Middle Garden e Near Garden. Além disso, na baía de Naama no lado Sul, existem nove pontos de mergulho; Sodfa, Tower, Pinky Wall, Amphoras, Turtle Bay, Paradise, Ras Umm Sid, Temple e Ras Kady.
- Sharm al-Maya – é uma das principais baías com muitos lugares ótimos para nadar.
- El Fanar – águas cristalinas para nadar e também ótimas para o pôr do sol.
- Faraana Reef Beach – Onde fica o Farsha Café e também o reef Oasis Beach Resort que ficamos, e o famoso Temple Reef, maravilhoso para snorkel e scuba.
- Ras Um Sid – ótimo mergulho com snorkel.
- Sharks Bay Beach – também é excelente para snorkeling.
Vou deixar algumas fotos dos meus snorkel para inspirar vocês! Todas elas são do Temple Reef, na praia do nosso hotel!
Visitar Old Town e a Mesquita
Vale conhecer a parte velha da cidade, como já contei acima, com seus restaurantes típicos de peixes e frutos do mar frescos, um mercado de artesanatos e a lindíssima mesquita Al Mustafa! Fica lindo visitar o local durante a noite, após um belo dia de praia, pois a mesquita é toda iluminada! Concluída em 2008, a Mesquita Al Mustafa apresenta dois minaretes de 72 m de altura e uma cúpula gigantesca que domina a paisagem. No centro, a mesquita apresenta lajes de mármore curvas intrincadamente esculpidas cercadas por cúpulas esculpidas menores.
Trilha para o nascer do sol no Monte Sinai e Mosteiro de Santa Catarina
Como comentei, a região do Sinai é conhecida por ser, na Bíblia, o local onde o mar se abriu e onde, no topo do Monte Sinai, Deus entregou as tábuas dos 10 Mandamentos para Moisés. Por conta disso, esta caminhada está na lista de muitos peregrinos ao redor do mundo! A trilha até os 2.285 metros de altitude do Monte Sinai pode ser feita a qualquer hora do dia, mas o calor do Egito e a chance de ver o sol nascer entre as montanhas, faz a madrugada ser o horário ideal. São 6 quilômetros de subida leve, mais 750 degraus irregulares e muitas pedras soltas, tudo isso durante a noite, então feito com muita cautela.
Como o Monte Sinai fica em média 200km de Sharm El Sheikh, todos os passeios que vi, saíam por volta das 21h, afinal, são 3h a 4h de viagem até lá, com paradas.
Pelo que li, a descida é bem mais bonita, pois já é dia. Também acaba sendo mais fácil, pois não é necessário ter tanta atenção com as pedras soltas pelo caminho. Existe uma opção mais curta e difícil chamada Caminho de Moisés. Nela é preciso passar pela Escada dos 3 mil degraus. Um trecho que liga o Monastério de Santa Catarina ao topo que é recomendada na descida. O monastério de Santa Catarina, logo no fim da trilha, só abre perto 9 horas da manhã, portanto, um longo passeio virando a noite.
O Monastério de Santa Catarina é Ortodoxo Cristão, o mais antigo ainda em funcionamento conforme seu conceito original. Construído, por volta do ano 530, por ordem do imperador bizantino Justiniano I ao redor de uma capela que abriga a sarça ardente (citada na história de Moisés). A árvore que ainda hoje está ali é supostamente a original. O mosteiro abriga a segunda maior coleção de pinturas em pergaminhos do mundo, a maior está no Vaticano.
Terminada a visita ao mosteiro, o passeio retorna a Sharm, com mais 3h a 4h de viagem.
Acho que este passeio deve ser muito interessante e lindo, porém com apenas 5 noites, achei que ficaria corrido e cansativo, pois por se tratar de um passeio que você fica acordado a noite toda, o outro dia deve ser bem sonolento e não conseguiríamos curtir direito a praia! Faria se tivesse pelo menos uma semana inteira por ali ou, se esta fosse uma das prioridades pessoais.
Curtir a praia e descansar
Isso nem precisava escrever, porém principalmente se você acabou de visitar a parte histórica do Egito, coloque os pés pra cima e curta esse calor e esse marzão maravilhoso! Eu já quero voltar!
Outros passeios bem procurados são passeios de quadriciclo no deserto, visita à uma aldeia Beduína, passeio até Dahab para mergulhar no Blue Hole. Não detalhei estes, porque não fiz e nem seriam minhas primeiras opções, mas são bem populares e deixo como informação, caso você se interesse!
Onde comer
Jantamos um dia no hotel e os outros fora! Vou deixar aqui as dicas aprovadas!
Fish Mart
O Fish Mart em Old Town e serve frutos do mar frescos! Funciona mesmo como um mercado de peixes. Você escolhe o que quer e a quantidade e eles preparam da forma que você quiser. O preço é por kg. Supre fresco e muito delicioso. Comi lagosta, camarões gigantes e peixe e estava maravilhoso! A primeira vista, pode ser que você ache o lugar bagunçado ou pense que é sujo, pelo cheiro de peixe na entrada, mas os atendentes são muito divertidos e simpáticos e a comida vale muito à pena! Ambiente bem descontraído! Amei!
Farsha Café
Este fica bem pertinho do hotel e é um dos bares, se não o bar mais icônico de Sharm El Sheikh. Cravado nas montanhas, cheio de cantinhos, objetos antigos, lanternas, mesas baixinhas e almofadas pra sentar, é realmente diferente de tudo que já fomos! É como se fosse uma vibe árabe de frente pro mar. É um MUST DO.
Não serve pratos elaborados, mas serve petiscos e pizzas muito boas! Fora os drinks que são maravilhosos! Realmente um lugar no Egito (FINALMENTE), que sabe fazer drinks! Além disso o ambiente é animado, música muito legal! A dica é chegar cedo para o pôr do sol! Vá cedo mesmo, porque o lugar é famoso, logo enche!
Ali perto tinha um outro que passamos e achei bem fofo, mas não conseguimos ir. Mas também tem vista mar e parece um pouco mais tranquilo. Se chama Santorini.
Maharaja
É o restaurante indiano do hotel que ficamos. Caso você se hospede no Reef Oasis, não deixe de comer aqui. Sou suspeita, porque adoro comida Indiana, mas eles acertaram muito nos temperos, apimentado na medida. A vista é bem bonita daqui também!
Bombay
Outro indiano, este fica no Soho Square e pra variar, estava delicioso! Super recomendo o Bombay. O ambiente de Soho Square é bem mais calmo que Naama Bay e adorei as mesas do lado de fora, comer ao ar livre. A comida estava sensacional. Destaque para o Byriani e o Butter Chicken. Nota 10! Além disso, neste lugar, você pode sentar na mesa e pedir comida de vários restaurantes diferentes (japonês, tailandês, chinês…), então se você quiser o indiano e outra pessoa, outra comida, pode fazer isso também. O Soho Square tem vários restaurantes!
Sobre comprinhas
Existem coisas bem legais para se comprar no Egito. Estes mercadinhos pelo mundo geralmente são um prato cheio para quem gosta de fuçar souvenirs e lembrancinhas. Mas algo que me incomodou muito, e fez com que no fim, eu trouxesse quase nada, é que por lá as falsificações são permitidas. E não só em Sharm el Sheikh, mas em todo o Egito. Porém foi ali que eu vi lojas por TODOS os lugares, com enormes vitrines, de tudo mesmo.
Bolsas, sapatos, malas, tênis, marcas como Pandora, Swarovski, Nike, Chanel, Gucci e muitas outras mais. Na verdade, todas que você imaginar. É tanta falsificação que nem vi lojas oficiais de marcas em nenhum lugar. E quando você vê alguma coisa, se questiona se realmente é verdadeiro. Eu deixaria o Egito mais para conhecer, comprar papiro no Cairo, tâmaras gostosas e doces feitos com elas, temperos e nada muito mais do que isso. Quem sabe lanternas ou caixas de marchetaria. Porém, se quiser olhar, as lojinhas mais direcionadas ao artesanato são legais. No Soho Square achei uma bem bonitinha, com produtos típicos, e trouxe alguns enfeites de natal. Os souvenirs, tipo imãs de geladeira, canecas etc, se repetem em todos os lugares.
Sobre vestimenta
Ainda que estejamos no Egito muçulmano, a vibe aqui é bem mais relax. Falando de mulheres: todo mundo usa biquíni normalmente, shorts, saias, ombro de fora. Eu tomei o cuidado de usar sempre saias longas já que estava de alcinha e levar um lenço para todos os lugares. Mesmo que a maioria das pessoas não use, você se sente olhada, sabe? Meio invadida, foi como me senti. Então para o meu conforto eu usava meu lenço. Você não é obrigada, mas eu sugeriria fortemente levar um na mala.
Quantos dias ficar
Nós ficamos 5 noites, 4 dias inteiros, porém eu sugeriria no mínimo 6. Teríamos tido tempo para mais algum mergulho de cilindro, ou algum passeio fora, ou até para subir o Monte Sinai. Porém como estávamos no final da viagem e estávamos morrendo de saudades do Lucas, fizemos o melhor roteiro com estes dias inteiros que tivemos. No geral, acredito que uma noite a mais aqui seria suficiente para dar um geral da região. Porém como gosto de mergulhar e do mar, poderia até estender um pouco mais, conhecer mais praias, parques nacionais e etc.
Concluindo…
Achei a experiência de praia no Egito super válida! O mergulho foi maravilhoso, o snorkel, o mar é incrível e a paisagem é realmente muito diferente do que somos acostumados a ter em mente quando pensamos em praia! É uma paisagem árida com um mar fabuloso! Além disso achei o mar bem quentinho! Ótima opção para descansar após um intensivão histórico no Egito, mas também super curti para ser um destino único, caso você tenha algo como uma semana até uns 10 dias para viajar. Caso você curta mergulhar e explorar a região, uma semana inteira por aqui pode ser bem interessante.
Espero que tenham gostado de conhecer as praias do Egito comigo!
Assim termino todos os posts deste país incrível!
Beijos e até o próximo!