A triste verdade por trás dos passeios com elefantes na Tailândia
Na semana passada no meu Instagram Stories eu mostrei um pouco sobre o passeio que vou fazer em Chiang Mai, na Tailândia no próximo mês.
Muita gente viaja pra Tailândia e todo o Sudeste Asiático com muita vontade de fazer um passeio de elefante ou atividade com estes animais, como ver elefantes dançando, pintando, fazendo truques, bem comuns por lá. É verdade que estes animais são fascinantes e lindos e que dá vontade de interagir com eles quando se está tão perto!
O que muita gente não sabe é que para que esses shows e passeios aconteçam, estes animais sofrem muito e se você for um turista desavisado, vai acabar financiando este tipo de crueldade sem saber! E é por isso que fiz este post!
Mas Natalia, o que acontece com os elefantes?
Para que eles sejam domesticados e aceitem os comandos de seus treinadores, quando bem filhotes eles são separados de seus pais, e passam por um processo chamado Break. Este processo triste e cruel que significa quebrar a alma do animal consiste em amarrar o elefantinho e torturá-lo por algo em torno de duas semanas, sem água nem comida e maltratando mesmo. Batendo, dando pancadas e tudo mais. O animal sofre tanto e fica tão desesperado e infeliz que no fim se entrega. E sem vontade nenhuma de viver, aceita então ser submetido aos treinamentos. O treinador que dá comida e água é então a nova pessoa que o animal confia, pois mesmo que apanhe quando não obedece, tem água e comida e ele vai seguir essa pessoa por toda a vida. Este vídeo abaixo é muito triste e eu chorei quando vi, mas se você quiser saber de verdade e ver até onde o homem pode ir na crueldade afim de ganhar dinheiro e lucrar com o turismo, assista também! É bem revoltante!
Depois de tantos mal tratos, o show de horrores não para por aí. Todos os animais então entram nessa indústria do turismo e são obrigados a trabalhar diariamente carregando turistas nas costas, dançando, se equilibrando em coisas, jogando basquete, pintando entre outras bizarrices! E sempre que não obedecem lá está o treinador com um espeto com metal para bater no bichinho. Não andou no caminho correto? Apanha! Não dançou conforme a música? Apanha! Muito triste não é mesmo?
Como reconhecer então quando os animais são maltratados? É bem fácil. Em todos esses passeios que você ver o elefante fazer qualquer coisa que não é da natureza dele, ele foi muito torturado para isso. Até os que se pagam de bonzinhos, se puder subir no animal, desconfie muito!
Mas existem passeios do bem?
E é aí que vem a boa notícia! Você não precisa incentivar a tortura desses elefantes para poder interagir com eles! Existem iniciativas maravilhosas que buscam realmente acabar com estas práticas, mudar a visão do turista sobre elas, conscientizar as pessoas e principalmente resgatar animais desses parques de trabalho forçado e dar uma vida digna para eles! Um maravilhoso exemplo disso é o trabalho de Lek Chailert do Elephant Nature Park em Chiang Mai! Apaixonada por elefantes desde criança, ela criou um santuário maravilhoso que resgata elefantes ( e búfalos de enchentes e cachorros de rua!) e dá amor e cuidado. Ali você pode sim dar comida e entrar no rio com eles, e interagir, visto que eles nunca mais vão conseguir voltar à vida selvagem e são acostumados com o homem, mas nada é forçado e tudo é na velocidade e vontade dos animais. É um trabalho muito bonito e que vou conhecer na semana que vem! Estou muito empolgada e vou deixar para contar tudo sobre isso na volta! Mas já deixo o link assim se alguém estiver já planejando, pode conhecer um pouco mais e pensar no assunto!
Quem me acompanha há algum tempo sabe que amo animais. Sempre amei! De uns anos para cá, com todo o acesso e facilidade que temos para encontrar informações, passei a não frequentar e nem dar mais meu dinheiro para atrações que usem animais obrigados a trabalhar para o nosso lazer, como visitar a Sea World, nadar com golfinhos, andar de elefantes e visitar um santuário (oi?) de tigres dopados para uma boa foto.
Admito que, por falta de informação, já até frequentei lugares como estes, como o nado com golfinhos em Xcaret, no México, durante minha lua de mel. Eu não via desta forma naquela época, porém, por mais que eu tenha amado passar a mão em um golfinho, não faria mais de jeito nenhum e não incentivo as pessoas que conheço a fazerem. Hoje procuraria passeios onde eu pudesse avistá-los livres, como em Bimini, nas Bahamas, por exemplo, ou em Zanzibar, na Tanzânia.
Depois mesmo de ter feito safári na África do Sul no início no ano, tive ainda mais convicção de que os animais são maravilhosos mesmo é vivendo livres na natureza, sendo quem eles realmente são. E não fazendo trabalho escravo para humanos que querem apenas se divertir!
Acredito que com toda informação disponível com a internet, nós turistas temos que buscar fazer turismo responsável, e fazer sim, cada um a sua parte para um mundo melhor. E isso não se resume apenas aos elefantes! Você pode achar que só você deixando de ir não fará diferença nenhuma, mas se cada um mudar a sua atitude e decidir não pagar por nada disso, estas práticas vão ter cada vez menos espaço, não vão mais ser lucrativas, até deixarem de existir por falta de demanda! Pense nisso!
Um beijo e obrigada pela visita aqui no blog! Estou super ansiosa para visitar os elefantes e contar tudo aqui depois!