Oi Gente!

Sair de férias é bom né!? Mas a gente dá aquela sumida! Trabalho colocado em dia, casa em ordem e feriadinhos a nosso favor, é hora de começar a produzir posts e conteúdos legais e cheios de informação!

Aqui pensando sobre a dinâmica destes posts e sobre a viagem para a África do Sul e só consigo pensar em uma palavra para descrever esta viagem: Eclética!

Sim! Se você já se perguntou se esse destino era para você, eu te garanto, mesmo sem te conhecer: sim, sim e sim!

Tudo bem que eu também sou uma pessoa bem eclética, do tipo que vai da trilha ao hotel de luxo de um dia pro outro, então posso dizer que aproveitei um pouco de cada coisa que esse país tão lindo tinha a oferecer. Mas não se preocupe se você não for eclético como eu, tenho certeza que no meio de tanta coisa bacana você vai encontrar algo que combina com você! Pense num lugar lindo, onde você pode fazer trilhas maravilhosas, comer frutos do mar frescos e deliciosos, degustar vinhos incríveis por um preço muito amigo, surfar uma onda mundialmente famosa, assistir o pôr do sol no mar, fazer esportes radicais e ainda ver muitos tipos de animais selvagens, tudo na mesma viagem!

Neste post vou contar um pouco sobre a África do Sul, as coisas básicas que você precisa saber para se virar por lá, como chegar, como se locomover, e um resumo do que nós fizemos. Depois, o roteiro vai estar detalhado em outros 4 posts mais específicos!

Vamos lá?

Um pouquinho de história

Localizada no extremo sul da África, entre os oceanos Atlântico e Índico, tem mais de 2.500 km de litoral! O país é conhecido por sua biodiversidade e variedade cultural. Reconhece 11 línguas oficiais, entre elas o afrikâner. O inglês sul-africano, apesar de ser o idioma mais falado na vida pública e comercial, é apenas o quinto idioma mais falado pelos sul-africanos em casa.

Possui 3 capitais: Pretória (executiva), Cidade do Cabo (legislativa) e Bloemfontein (judiciária).

Os holandeses foram os primeiros a chegar na África do Sul em 1652 e estabeleceram um ponto de parada na rota das especiarias, fundando assim a Cidade do Cabo. Já os ingleses conquistaram a região do Cabo da Boa Esperança em 1806. Desde estas conquistas, os indígenas negros foram arrancados de suas terras e foram escravizados e subjugados. Esta prática se intensificou a partir da descoberta de diamantes (1867) e ouro (1886). Os Afrikaners no entanto, resistiram, mas acabaram derrotados durante a segunda guerra sul-africana, que ocorreu entre (1899-1902). Em 1948 teve início oficialmente o Apartheid, que significa “Vidas Separadas” em africano. Um regime segregacionista que negava aos negros da África do Sul os direitos sociais, econômicos e políticos. Durante este regime o governo era controlado pelos brancos de origem europeia, que criavam leis e governavam apenas para os seus interesses, impondo várias leis e regras aos negros. O casamento entre brancos e negros por exemplo, era proibido. Também eram proibidos de circular em algumas áreas da cidade, não podiam votar, entre outros absurdos. Nesta época, muitos foram presos por lutarem por seus direitos, como foi o caso de Nelson Mandela, que passou 26 anos na cadeia. Em 1990, o presidente pôs fim ao regime, libertando Mandela da prisão. Em 1994, Mandela foi eleito presidente da África do Sul, se tornando o primeiro presidente negro do país.

A história do Apartheid é triste e se formos pensar, muito recente. Mesmo que não exista mais o regime, ainda é possível notar uma diferença bem grande entre brancos e negros em suas funções de trabalho, por exemplo.

A África do Sul tem muitos problemas econômicos e sociais. Tem pouco mais de 54 milhões de habitantes, mas sua taxa de desemprego beira os 30%. É o país do mundo onde mais pessoas vivem com HIV/Aids, cerca de 10% da população. A AIDS é a maior causa de mortes no país e a maior responsável pela baixa expectativa de vida e alta mortalidade infantil.

Apesar destes dados alarmantes, tem uma natureza riquíssima, paisagens estonteantes e é super preparada para o turismo, com boas estradas, parques nacionais bem cuidados, prais limpas e ótima gastronomia!

Como chegar?

As principais cias aéreas que voam do Brasil para a África do Sul são a South Africa  e LATAM. As duas cias têm vôos diretos para Joanesburgo saindo de Guarulhos! É uma beleza, pois são vôos curtos, de em média 9 horas de duração. Já para a Cidade do Cabo não existem vôos diretos saindo do Brasil.

Nós voamos de LATAM e adoramos!

Para ir de Joanesburgo até a Cidade do Cabo você pode optar por South Africa, Mango ou British. Fomos de Mango e foi bem tranquilo. O vôo é curto, 2h15m! Voltar de Port Elizabeth para Joanesburgo também é rapidinho, apenas 1h40m de vôo. Também voamos Mango! Comprei estes trechos via eDreams e super funcionou!

Preciso de Vacina? E visto?

Vacina, sim! A carteirinha internacional de vacinação emitida pela ANVISA com a Vacina de Febre Amarela válida e tomada com até 10 dias de antecedência da viagem é obrigatória para a entrada na África do Sul.

Visto não é necessário e, uma vez lá, você pode ficar como turista por até 90 dias!

E o Câmbio? Que moeda levar?

A moeda oficial é o Rand (ZAR). Mas você não vai conseguir comprar Rands no Brasil e dificilmente também eles vão aceitar reais na hora de trocar a moeda lá. O melhor é levar dólares ou euros. Quando fomos, fiz comparações e as duas moedas estavam com cotações bem equivalentes, então tanto faz levar um ou outro. Mas dê uma pesquisadinha antes de trocar seus reais.

Geralmente  eu levo dinheiro para as viagens, para comer, fazer passeios etc. Desta vez no entanto, as coisas que paguei no cartão de crédito, mesmo com IOF matador, ficaram com uma taxa de conversão bem melhor do que trocar meus dólares lá. Para terem uma ideia, algo que custa ZAR 100,00, para saber o preço em reais em dinheiro, eu tinha que dividir por 3,67, que foi a taxa que paguei com todas as comissões e tal. No cartão, já embutindo IOF, a taxa ficava 4,04.  Então vale a pena usar o seu cartão de crédito também.

Os preços na África do Sul são bem atraentes e não achei comidas e bebidas caras, achei tudo com preços bem ok! O que ajuda bastante na hora de fazer umas comprinhas por lá é o Tax Refund para turistas! Tudo que você comprar para trazer para o Brasil terá direito de receber 14% de VAT de volta. Para isso, guarde todas as notinhas e tenha fácil acesso aos itens, pois eles podem pedir pra ver.

Para receber seu imposto de volta, em Joanesburgo, bem perto dos guichês de check in, existe um balcão onde uma pessoa vai verificar e carimbar todas as suas notinhas (no nosso caso também pediu para ver tudo). Depois disso feito e de seu check in feito também, já na área de embarque, você vai ver placas informando um escritório no segundo piso, onde tem Tax Refund escrito bem grande! Ali eles emitem um cartão Master Card no valor total dos impostos que você tem para resgatar. Pegam todos os seus dados e dizem que demora até 3 meses para o valor ser liberado no cartão. Uma vez liberado, ele é um cartão de débito que você pode usar em qualquer lugar! Eu ainda estou esperando, mas depois conto se funcionou!

Lembrando que, mesmo se os hotéis e restaurantes disserem que você pode resgatar o VAT da hospedagem e comida, e muitos dizem, não é verdade. Você apenas pode ressarcir o que estiver levando embora consigo.

Quando é melhor?

As estações são as mesmas que no Brasil, praticamente nos mesmos meses do ano. Quando aqui é verão, lá também é. Mas fique atento que,  dependendo para onde você for na África do Sul, vai encontrar características diferentes. Na região de Joanesburgo e Kruger, o verão, que vai de novembro a fevereiro, é extremamente quente e chuvoso, com temperaturas acima dos 30 graus. Já mais ao sul e sudeste, na região de Cape Town, também faz calor, mas o regime de chuvas é inverso. Ali os dias são longos e secos, perfeitos para pegar uma praia! Não esqueça que a água é fria o ano todo por ali! Se for surfar leve uma roupa de neoprene!

O outono, que vai do fim de fevereiro até final de abril, é a melhor época para visitar a África do Sul, pois os dias são ensolarados, quase não chove e as noites são agradáveis em todo o país. Nós fomos final de março e pegamos a maioria dos dias ensolarados e com céu completamente azul, calor de 22 graus e noites mais fresquinhas! Mas fique atento, porque mesmo que os dias sejam quentes e ensolarados, venta muito e uma jaqueta à tiracolo é sempre bem vinda! Nos dias que fomos assistir o pôr do sol em lugares mais altos tive que usar jaqueta mais grossinha e durante o safári também, pois os carros são abertos e o vento esfria bastante!

Para fazer Safari na região do Kruger, o inverno, que vai de maio até final de julho, mesmo que bem frio, é seco e a falta de folhas nas árvores facilita a visualização dos animais. O inverno não é uma boa época para a região da Cidade do Cabo, já que o clima ali é diferente e, além do frio, pode chover bastante!

A primavera, que vai de agosto até outubro, é baixa temporada e quando você provavelmente vai encontrar bons preços!

Como se locomover?

Nós optamos por iniciar nossa viagem na Cidade do Cabo e seguir até Port Elizabeth, passando pela Rota Jardim. Para fazer uma viagem parecida, alugar um carro é indispensável. Vai te dar liberdade e flexibilidade! Vale lembrar que, por conta da colonização inglesa, a direção é do lado contrário a do Brasil. Na hora de alugar o carro, como já teríamos que nos adaptar a dirigir do lado oposto da estrada, optamos por um carro automático, para facilitar a vida. Sai um pouco mais caro que alugar um com câmbio manual mas eu achei que valeu a pena. Nosso carro não era muito novo, mas funcionou bem!

Alugamos nosso carro com a Rentalcars e tudo funcionou muito bem! Como iniciamos nossa viagem pela Cidade do Cabo e terminamos em Port Elizabeth, optamos por pegar o carro em um aeroporto e devolver no outro. Paga-se uma taxa por isso, mas é bem melhor que ter que voltar tudo no final, né?

É recomendado fazer a Permissão Internacional para Dirigir, pois na lista oficial contas ser necessário. A gente fez e saiu barato. Aqui em SC pagamos R$79,00. Vale consultar no seu Estado. Ninguém pediu por ela, mas eu sempre prefiro ter e não usar do que precisar e não ter. Além do que ela vale o mesmo tempo que sua CNH original então não precisa mais se preocupar com isso por bastante tempo.

Quanto tempo ficar e o que fazer

Quanto tempo ficar é uma das questões mais difíceis de responder, sendo que o lugar oferece tantas opções tão legais! Nós ficamos 12 dias inteiros e fizemos Cidade do Cabo + Stellenbosch + Rota Jardim + Safari. Gostei, acho que não ficou corrido, mas gostaria de ter tido uns dois dias a mais para ter feito algumas coisas que eu queria mas não deu tempo, como fazer um skydive, por exemplo. Se você quiser fazer tudo o que fizemos, eu não ficaria menos do que 10 dias. Agora se você tiver 20, com certeza vai achar o que fazer!

Já sobre o que fazer, como falei lá em cima, a África do Sul é super eclética e oferece inúmeras possibilidades, mas eu super indico o roteiro que fizemos. Ele é bem adaptável, e você pode ver todas as mesmas coisas que nós vimos, mas de formas diferentes se preferir. Vou resumir neste post o  dia-a-dia da nossa viagem com as cidades que dormimos em cada dia e nos próximos 4 posts vou dividir e detalhar o roteiro, explicando o por quê da escolha de cada cidade, dicas e links de onde ficar, onde comer e o que fazer em cada parte. Assim você poderá adaptar o seu da forma que preferir!

Roteiro resumido

• Roteiro completo – 4 dias na Cidade do Cabo!
• Stellenbosch – 2 dias pelas vinícolas do Cabo!
• Fazendo safári na Rota Jardim – Shamwari Game Reserve
• Roteiro completo – 4 dias pela Rota Jardim

E no mapa abaixo estão todos os pontos citados nesse e nos outros posts da África do Sul.

Fiquem atentos e não percam os próximos posts onde vou detalhar cada etapa da viagem!

Espero que tenham gostado!

Beijos,

Natalia