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Oi Gente!

Finalmente estou chegando ao fim da enorme série de posts sobre o Nepal! Demorei hein? Pode não parecer, mas além das várias rotas de trekking e gigantescos cumes pra escalar, a sua capital, Kathamndu tem muita coisa legal para ver e fazer,e sim, bons lugares pra comer e beber também!

Kathmandu fica localizada no centro do país, a 1.400 metros de altitude. Tem pouco mais de 1,4 milhão de habitantes e sua região metropolitana somada, onde ficam as cidades de Patan, Bakthapur, Kirtipur e Madhyapur Thimi, têm mais de 5 milhões de pessoas.

Apesar da agricultura representar a fonte de renda de mais de 70% da população do Nepal, para Kathmandu o turismo é muito importante, já que ali é a porta de entrada para o Himalaia e milhares de pessoas passam pela cidade anualmente.

A sua população se divide em duas religiões, que convivem harmonicamente: o hinduísmo e o budismo. Assim é possível ver templos e celebrações, bem como costumes das duas religiões.

Visitando um monastério com o grupo onde aprendemos mais sobre a cultura e crenças budistas

Visitando um monastério com o grupo onde aprendemos mais sobre a cultura e crenças budistas

Apesar de um país lindo e muito interessante culturalmente, ao desembarcar aqui devemos lembrar que o Nepal está entre as nações mais pobres e menos desenvolvidas do planeta, com um quarto de sua população vivendo abaixo da linha de pobreza. Então o choque cultural é grande ao visitar a sua capital, onde postes são tão emaranhados que não se entende como um eletricista consegue trabalhar, as casas são muito pobres, as ruas não têm calçadas e a cidade possui apenas um semáforo, que não funciona! Logo, prepare-se para o caos, mas também para se apaixonar pelo seu povo e cultura!

Meio de transporte bem comum!

Meio de transporte bem comum é o riquixá, que é uma carroça puxada por uma bicicleta!

Será que o eletricista ganha bem?

Será que o eletricista ganha bem?

Quando ir

A época boa para visitar Kathmandu segue a mesma regra da época para o trekking, já que são as épocas mais secas e que você vai fugir das monções. E  são: na primavera, em abril e maio, e no outono, em outubro e novembro, quando o tempo é seco e as temperaturas são amenas. As chances de céu azul são enormes! Outubro é a alta temporada de trekking, mas o Campo Base do Everest está vazio, já que as expedições de escalada ao Everest acontecem a partir de abril. É na época das escaladas que a cidade vai estar mais lotada, cheia de alpinistas! Nós fomos em outubro e pegamos apenas uma pancadinha de chuva durante a tarde! O calor é enorme, vá preparado.

Quanto tempo ficar

Se você estiver com um grupo que vai fazer trekking, provavelmente terá no programa um ou dois dias na cidade com o grupo. Nós chegamos antes disso e eu recomendo muito. Ficamos 4 dias inteiros e acho que menos que isso vai ser corrido, já que se perder pelas ruas do Thamel vai tomar muitas horas, principalmente se você adora uma lojinha como eu!

Onde Ficar

Kathmandu tem hospedagem pre todo gosto! Tem hostels no Thamel, bairro mais badalado e frequentado por mochileiros e turistas, mas também tem hotéis bons de redes internacionais. Nós nos hospedamos com todo o grupo no Radisson. Tanto antes do trekking quanto uma noite depois. Recomendo fortemente escolher um hotel assim por lá por algumas razões: as diárias não são tão altas assim e a não ser que você esteja mochilando e com a grana curta, é super acessível, algo em torno de USD 100,00 a diária com café incluso. Outro ponto é justamente o café da manhã e as refeições. Por estar em uma cidade tão caótica e que passa 12 horas sem energia elétrica todos os dias, saber a procedência da comida é super importante. Fora que o café conta com opções mais ocidentais também e você não vai se sentir tão longe de casa. Deixe para ousar no almoço ou jantar.

Foto: Radisson

Foto: Radisson

Café da manhã farto no Radisson! Foto: Radisson Divulgação

Café da manhã farto no Radisson! Foto: Radisson Divulgação

Além disso, a localização é excelente, tem ATM na rua do hotel, um mercadinho e uma casa de câmbio e fica a uma distância bem ok para ir a pé até o agito do Thamel, inclusive durante a noite. Nada mais que 10 minutos caminhando. Você está próximo mas não no meio do agito. Para quem não curte experimentar coisas novas, tem um Olive Garden dentro do hotel. Mas existem muitas opções melhores por lá para comer que vou contar mais pra frente. E uma das coisas que mais valorizei sobre me hospedar ali foi o banho demorado e quente e uma cama macia depois de 14 dias de trekking. Merecido e feliz!

Para ver outras opções de hotéis em Kathmandu, use esse link do Booking. Se reservar por ali, eu ganho uma comissão, mas você não paga nada a mais por isso.

Sobre higiene no Nepal

Como já contei, o Nepal é muito pobre e Kathmandu fica todos os dias 12 horas sem energia elétrica. É necessário cuidar com o que se come, principalmente as carnes, já que o armazenamento pode ser precário e poucos locais possuem geradores! (mesmo assim vou contar onde comer um maravilhoso Steak au Poivre!) Também é recomendado evitar sucos naturais e com gelo, já que não se sabe da procedência da água. Outro cuidado que parece tolo mas é bom ter é escovar os dentes apenas com água mineral e não usar a água da torneira não. Na hora que você for tomar banho, perceba a cor da água do chuveiro e pronto. Já vai se convencer desta máxima. Hotéis como Radisson já deixam duas garrafas de água de cortesia todos os dias no quarto. Pode beber que é segura.

E a moeda?

A moeda local é a Rupia Nepalesa e é bem desvalorizada. Com R$1,00 você compra NPR 31,30 atualmente. Isso quer dizer que algo que custa NPR 1.000,00 é na verdade  algo em torno de R$ 32,00. Prepare-se para sair milionário das casas de câmbio com enormes bolos de dinheiro! Leve dólares e deixe para trocar na cidade mesmo, que é cheia de casas de câmbio.

Visto e Vacinas

Para entrar no Nepal o visto é obrigatório. Mas não se preocupe, pois pode ser feito na hora mesmo! Você apenas precisa preencher um formulário, pagar a taxa de acordo com o período de permanência e levar duas fotos tamanho passaporte. Eu aconselho levar estas fotos já do Brasil. Não precisam ser datadas. Hoje existem maquininhas que tiram a foto lá mesmo e você pode fazer seu visto por elas, mas o aeroporto é tão desorganizado, lotado e pequeno, que o melhor mesmo é levar suas fotos, preencher na hora, pagar e sair. Eles não são muito chatos na hora de conceder o visto, apenas perguntam qual o motivo da entrada e pronto. Lembrando que em caso de trabalho voluntário o visto deve ser para tal, não sendo permitido fazer trabalho voluntário com visto de turista. Para mais informações sobre tipos de visto clique aqui.

Para fazer trekking você também vai ter que fazer uma permissão de trekking da rota ou rotas desejadas e poderá percorrer apenas estes caminhos que tiver permissão. Como estávamos em grupo, a nossa foi feita de grupo. Para esta permissão você vai precisar de mais duas fotos 3×4, além das do visto. Veja aqui qual o valor por região. Também acesse este link aqui para mais detalhes sobre a permissão.

Além da permissão de trekking na entrada do parque você vai precisar fazer sua carteirinha TIMS. E vai precisar de mais duas fotos, a cópia autenticada do seu passaporte e a cópia do seu visto. O valor para quem vai sozinho é de NPR 2.000 ou algo em torno de R$ 65,00. Para grupos custa a metade do valor por pessoa e normalmente já está incluso no pacote.

Resumindo leve:

  • 4 fotos 3×4
  • 2 fotos passaporte
  • cópia autenticada do seu passaporte

Sobre vacinas, a de febre amarela é obrigatória. Outras recomendadas e que tomei foram: febre tifóide e hepatite A.

Como chegar?

Não existe vôo direto do Brasil para o Nepal. Mas com apenas uma escala você consegue chegar lá. Não achei tão ruim assim não. Nós voamos de Qatar com escala em Doha, mas muito comum também é voar Emirates ou até mesmo KLM, fazendo escala em algum país da Europa.

O que fazer?

Patan

Uma vez cidade independente durante o reino Newari e hoje parte de Kathmandu, Patan ou Laliptur como era conhecida, era a cidade do artesanato e trabalhos manuais. Dali saíram a maioria dos renomados artesãos nepaleses de toda a história. A cidade é cercada de 4 estupas budistas e tem como principal local sua praça ou Durbar Square como é chamada. Patan Durbar Square é reconhecida como patrimônio mundial pela UNESCO. Para entrar na cidade é necessário pagar uma entrada de NPR 200. Pegamos um guia nepalês e acho que valeu super a pena pois nos explicou várias coisas sobre os templos ali existentes.

Patsn Durbar Square

Patsn Durbar Square

Na Durbar Square você vai encontrar vários templos super antigos e lindos e  um museu sobre budismo e hinduismo super interessante, o Patan Museum, que definitivamente vale a visita. Dentro do museu estão as principais artes sacras da cultura nepalesa e também tudo sobre as características arquitetônicas. O museu fica na antiga corte de Patan, um dos palácios reais dos reis Malla. Por causa de sua arquitetura, com janelas e portas super trabalhadas é considerada uma das praças mais bonitas de todo o mundo.

Pátio do Patan Museum

Pátio do Patan Museum

Arquitetura fantástica!

Arquitetura fantástica!

2016-10-01 - Patan (122)

Outra cidade tão importante quanto, mas em outra área metropolitana, era Bhaktapur que foi a capital do Nepal no século XV. Hoje porém ainda está super devastada após o terremoto de 2015. Patan sofreu bem menos que Bhaktapur e das 3 Durbar Squares (Patan, Bhaktapur e Kathmandu), é a menos afetada. Mesmo assim é possível ver vários templos sendo reconstruídos e ainda em ruínas após o terremoto. Uma foto dos templos inteiros fica na frente da construção para que possamos ter ideia da grandiosidade que era antes de serem destruídos.

Templos em reconstrução!

Templos em reconstrução!

Andando poucas quadras da Durbar Square nosso guia nos levou até o Golden Temple, um templo e monastério intocado pelo terremoto de 2015, datado de 1409 e que é uma das construções mais impressionantes de Patan. Leva este nome por sua estrutura de ouro que brilha muito. É o típico templo de pátio, com dois leões guardando a entrada e vários outros aspectos e detalhes lindos. Amei conhecer este templo. Foi um dos meus favoritos de toda a viagem!

Entrada do Golden Temple

Entrada do Golden Temple vista de dentro

Golden Temple

Golden Temple

2016-10-01 - Patan (51)

Saindo dali ele nos levou até uma lojinha e fábrica de Healing Bowls, ou Bowl da Cura. Eles fazem os bowls de metal fundidos de uma forma que vibrem quando tocados. Muito usada para meditação, dor de cabeça e relaxamento. Adorei a demonstração! Foi super legal!

Paulo com a Healing Bowl na cabeça. Dizem que a dor de cabeça para, Será?

Paulo com a Healing Bowl na cabeça. Dizem que a dor de cabeça para. Será?

Healing Bow

Healing Bowl

Aqui era para ajudar a meditar com a vibração.

Aqui era para ajudar a meditar com a vibração.

Ir até Patan, que fica uns 20 minutos do Thamel com certeza vale a viagem. Queríamos ter ido até Kathmandu Durbar Square e Bhaktapur Durbar Square mas por conta da situação pós terremoto decidimos não ir. Fica para uma próxima!

Ruas de Patan

Ruas de Patan

Homens em Patan. Este chapéu é usado para eventos importantes ou festivos. Quando ueres se arrumar!

Homens em Patan. Este chapéu é usado para eventos importantes ou festivos. Quando querem se arrumar!

2016-10-01 - Patan (145)

Swayambhunath – O templo dos macacos

Estupa principal de Swayambhunath

Estupa principal de Swayambhunath

Templo tanto hindu quanto budista, o Swayambhunath ou templo dos macacos, como é mais conhecido fica no topo de uma colina e ganhou este apelido devido a uma enorme colônia de macacos considerados sagrados que vivem ali. Conta a lenda que antigamente o vale de Kathmandu era um lago e que desse lago nasceu uma linda e brilhante flor de lótus, plantada por Buda. Ela brilhava tanto que atraía pessoas até ela. Essa flor ficaria onde hoje está Swayambhunath e quando um deus secou o lago, a lótus teria ido parar no topo de uma colina e se transformado numa estupa. É claro que é apenas uma lenda, mas a estupa é a parte principal do complexo, rodeada pelas rodas de rezar e que tem uma vista bem legal de toda Kathmandu.

Rodas de rezar que devem ser sempre giradas em sentido horário.

Rodas de rezar que devem ser sempre giradas em sentido horário.

Macaquinho desobediente!

Macaquinho desobediente!

Dizem que fica linda ao pôr do sol mas no dia que visitamos choveu. Ao redor da estupa existem outros muitos templos hindus e budistas para ver e que são muito, muito antigos. Acredita-se que de 5 d.c. É muito interessante andar por ali, descer e subir escadas e observar as pessoas. A entrada custa NPR 200.

2016-10-01 - Swayambhunath (125)
Você pode escolher a entrada da escada, com 365 degraus, ou fazer como eu, escolhendo a entrada oeste, que chega bem mais em cima.

Vista da entrada Oeste de Swayambhunath

Vista da entrada Oeste de Swayambhunath

Thamel

Este bairro é super famoso e vai ser impossível você passar por Kathmandu sem passar por aqui! Aqui ficam as lojas de montanha conhecidas como The North Face, Mountain Hardwear e Marmot, além de várias genéricas. Lojas de souvenirs, pashminas, mercado, restaurantes, thankas, enfim… tudo e mais um pouco! É maluco demais! Um caos sem calçadas, com motos, carros e carroças puxadas por bicicletas (riquixás) por todo lado! Jantamos quase todos os dias aqui e existem várias opções para todos os gostos e bolsos!

Mistura de pessoas, bicicletas e carros!

Mistura de pessoas, bicicletas e carros!

Carroça puxada por bike, é o melhor meio de transporte por lá!

Bike Taxi, o melhor meio de transporte por lá!

Pelas ruas do Thamel!

Pelas ruas do Thamel!

Num barzinho em pleno agito!

Num barzinho em pleno agito! Vejam os fios!

Garimpando...

Garimpando…

Além de andar pelo Thamel, onde ficam os turistas, nosso guia nos levou bem no centrão de Kathmandu, onde os nepaleses fazem suas compras e vivem. Foi uma das experiências mais legais, pois pudemos ver de perto a realidade das pessoas e não só a parte turística da coisa! Se você acha que o Thamel é lotado, experimente dar uma volta por aqui! Tem que cuidar para não se perder!

Rua lotada!

Rua lotada!

Sal rosa e negro do himalaia sendo vendido em pedras!

Sal rosa e negro do himalaia sendo vendido em pedras!

Em meio ao caos sempre tem estupas bem bonitinhas!

Em meio ao caos sempre tem estupas bem bonitinhas!

Visita a uma vila budista

Visita a uma vila budista

Garden of Dreams

É um pequeno parque localizado no Thamel e é bem mais recente do que tudo que é visto por lá. Foi construído em 1920 e era um jardim particular do Marechal do exército nepalês Kaiser Shamser. De 2000 a 2007, em parceria com o governo austríaco, o jardim foi restaurado e é hoje um dos refúgios mais bonitos de Kathmandu. É cobrada uma entrada de RPN 200, tem banheiros e wifi, além do Kaiser Café, um restaurante super agradável e bem conceituado da cidade. O site oficial é esse aqui!

Para fugir do caos de Kathmandu!

Para fugir do caos de Kathmandu!

2016-10-02 - Kathmandu - Garden of Dreams (8)

Boudhanath

Templo budista tibetano mais sagrado do mundo fora do Tibet e considerado pela UNESCO patrimônio da mundial desde 1979, esta estupa é gigantesca, tem 36 metros de diâmetro e 43 metros de altura. Os budistas acreditam que ela representa presente, passado e futuro. Seu formato é semelhante à uma grande mandala. Tem 5 budas representando os pontos cardeais (norte, sul, leste, oeste e centro) e também os cinco elementos (terra, fogo, água, ar e éter).

Stupa ainda sendo restaurada!

Estupa ainda sendo restaurada!

Arredores de Boudhanath

Arredores de Boudhanath

Também conhecida como estupa da iluminação, é um dos maiores e mais significativos monumentos budistas de todo o mundo. É destino de muitos peregrinos vindos do Himalaia, Tibet e de toda a Ásia. Também é o centro de uma vila budista cheia de monastérios, gompas que abrigam muitos monges refugiados do Tibet, lojas, escolas de pintura em Thankas e cafés. Como todo templo e monumento budista, você só deve andar em sentido horário, dando a volta na estupa. Caso tenha que ir de um lugar para outro que seja mais perto no sentido anti-horário, mesmo assim deve dar a volta mais longa.

Só caminhe no sentido horário! As rodas de rezar também só devem ser giradas neste sentido!

Só caminhe no sentido horário! As rodas de rezar também só devem ser giradas neste sentido!

 

Um dos vários monastérios ao redor de Boudhanath!

Um dos vários monastérios ao redor de Boudhanath!

Quando estivemos lá a ponta da estupa ainda estava sendo restaurada do terremoto de 2015, mas agora já vi fotos que está 100% concluída em seu esplendor.

2016-10-04 - Kathmandu - Boudhanath (4)

Aproveite para ver lojinhas e comer por ali onde se encontram ótimos restaurantes vegetarianos.

Várias lojinhas por lá!

Várias lojinhas por lá!

Pashupatinath

Este é o templo hindu mais antigo de Kathmandu e também o mais sagrado e de maior importância no Nepal. Ele é dedicado ao deus Shiva e fica às margens do rio Bagmati, um afluente do Ganges e sagrado para os hindus. Ali acontecem festivais hindus e também todas as cremações de hindus e budistas de Kathmandu, ao ar livre e que pudemos acompanhar. Estas religiões tem uma outra forma de encarar a morte e seus rituais são bem diferentes dos nossos. Foi um choque bem grande ver o ritual acontecendo bem na hora que estávamos lá. Geralmente apenas os homens da família participam do ritual, mas no que vimos haviam mulheres. Assim que a pessoa morre eles a lavam no rio. Lavam os pés, as mãos e a cabeça. Como acreditam que o rio é sagrado estarão fazendo uma “limpeza” por assim dizer. Depois levam até o corpo para onde este vai ser cremado e cobrem com palha e manteiga (para queimar mais rápido). Depois de dar 3 voltas ao redor do corpo, os familiares se despedem e quem comanda toda a cremação é o intocável, uma pessoa que faz apenas isso e portanto não tem contato com a sociedade. A cremação começa quando ele coloca fogo na cabeça.

Família preparando o corpo para a cremação.

Família preparando o corpo para a cremação.

Local onde são feitas a cremação

Local onde são feitas as cremações

Intocável conduzindo a cremação.

Intocável conduzindo a cremação.

Quanto mais dinheiro a família tiver, mais palha vai poder comprar para que o corpo queime por inteiro. depois que a cremação inicia geralmente os familiares vão para a casa.

Assista o vídeo com a explicação do nosso guia, Manoel Morgado, sobre o ritual e as tradições!

Além deste ritual que acompanhamos, também pudemos ver onde moram os Sadhus, pessoas que depois da velhice decidem se “iluminar” e vivem com este propósito. São algo como monges andarilhos. Abandonam todos os seus bens materiais, deixam tudo, inclusive a família, e vão viver em templos, cavernas ou florestas meditando ou fazendo yoga. Alguns saem com propósitos mais inusitados como nunca sentar por exemplo.

Para entrar em Pashupatinath custa NPR 1.000.

Este senhor é um Sadhu de 87 anos que se dedica à meditação e yoga em Pashupatinath.

Este senhor é um Sadhu de 87 anos que se dedica à meditação e yoga em Pashupatinath.

Outros Sadhus

Outros Sadhus

Muitos  também vivem para ganhar dinheiro com turistas, que são os Sadhus de mentirinha, que se pintam, são bem mais arrumadinhos e cobram para tirar foto, como este na foto abaixo pelas ruas de Kathmandu!

2016-10-03 - Kathmandu (64)

Onde Comer

Engana-se quem pensa que se come mal em Kathmandu por causa das condições do país e que as opções se limitam ao Dal Bat (prato típico de arroz lentilhas e vegetais)! Existem opções excelentes e não comemos mal nenhum dia! A maioria dos restaurantes legais ficam no Thamel e foi onde fizemos quase todas as nossas refeições.

Yin Yang

Foi onde jantamos na nossa primeira noite. Fica bem no coração do Thamel e é um Thai delicioso, mas que também serve fritas e margaritas! Comemos comida Tailandesa e estava muito bom! A dica aqui é: nunca peça pratos com camarão no Nepal! Eles não têm mar então vai vir aqueles camarões secos péssimos. Um dos pratos tinha camarão e não estava bom não. Prefira sempre as opções de frango ou carne.

Nossa primeira noite na cidade!

Nossa primeira noite na cidade!

Friends

Um ótimo restaurante que serve comida mais parecida com a nossa. Fritas, hamburger, pizzas e também alguns kebabs. Cerveja boa também. Ali é seguro pedir sucos naturais. Dica do nosso guia. Tomei e deu tudo certo! Preço junsto e ambiente descontraído.

OR2K

É do mesmo dono do Friends. Eu adorei demais esse lugar e arrisco a dizer que foi um dos meus preferidos, mesmo que não tenha sido o mais elegante. O ambiente é muito legal, com mesas baixas e almofadas para sentar no chão, decoração colorida, cardápio vegetariano e sucos excelentes! Wifi liberado por aqui! Muitos nômades digitais usam este lugar para trabalhar, já que pedem algo e ficam usando a internet. O lugar está sempre cheio! Eu indico a torta de abobrinha, deliciosa!

Menu do OR2K é uma graça!

Menu do OR2K é uma graça!

Zucchini pie, minha escolha acertada!

Zucchini pie, minha escolha acertada!

Clima do restaurante, super descontraído!

Clima do restaurante, super descontraído!

Third Eye Restaurant

Este é um indiano espetacular! No nosso último dia na cidade com o grupo reservamos uma das salas particulares e contratamos uma banda de locais que tocam música nepalesa mais moderninha. O ambiente é lindo, também com mesinhas baixas e almofadas para sentar, clima aconchegante e a comida nem se fala! Apimentada na medida, drinks maravilhosos. Adorei! Fica no páreo das preferências! Pedi um curry de frango e estava demais! Foi perfeito para fechar a viagem com chave de ouro. 

Adorei esse lugar!

Adorei esse lugar!

A foto não é boa, mas a comida era!

A foto não é boa, mas a comida era!

Foto: Trip Advisor

Foto: Trip Advisor

Kaiser Cafe

Ele fica no Garden of Dreams. Não cheguei a ir. Acabei ficando por aí no dia que o grupo foi. Mas é super bom para fugir da correria e barulho da cidade, já que fica dentro deste parque lindo e tranquilo. Bom reservar pois sempre lota.

Kaiser Cafe ao fundo!

Kaiser Cafe ao fundo!

Chez Caroline

Bistrô francês em plena Kathmandu? Sim! E excelente! Este foi o único restaurante que comemos fora do Thamel. Fica num shopping pequeno e ao ar livre super lindinho e que vale a pena a visita chamado Baber Mahal Revisited. Nem parece que estamos na cidade caótica. Este foi o restaurante que escolhemos para almoçar logo depois que chegamos do trekking! Já contei nos posts anteriores que ficamos 14 dias sem comer carne, já não é recomendável por conta da má conservação na montanha. Então depois de duas semanas a base de ovos, um Steak au Poivre com fritas foi a escolha da maioria! Recomendo! As sobremesas também são excelentes!

Thank you Chez Caroline por um filé depois de duas semanas sem carne!

Thank you Chez Caroline por um filé depois de duas semanas sem carne!

Em Boudhanath, no bairro budistas também comemos em um vegetariano que era excelente, mas não lembro o nome. A comida era muito boa!

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Comprinhas

A Ásia é um lugar fantástico para se perder nas compras! Desde as pechinchas baratinhas até artesanato e obras de qualidade, você vai encontrar de tudo, para todos os bolsos aqui também. Mas se você quiser trazer algo realmente característico do lugar e que os nepaleses mandam bem, alguns itens se destacam. Vamos lá?

Thankas

São pinturas feitas em tecido e que reproduzem obras famosas do budismo como a Mandala, o Samsara entre outras. Não se engante. Para os orientais, copiar muito bem é muito melhor do que ser criativo e criar sua própria obra. Para eles o melhor pintor é aqueles que consegue copiar com mais detalhes e precisão algo já existente. Existem muitas escolas de thankas no Nepal e você vai ver muitas e muitas lojas no Thamel e também em Boudhanath, onde fica a estupa. Ali existe uma escola que fomos visitar. Comprei duas thankas. Para saber qual escolher e que preço pechinchar, peça para ver de vários níveis, desde o aprendiz até os master. Você vai ver a diferença na riqueza dos detalhes. Acredito que com USD 150,00 já seja possível comprar uma boa thanka.

Escola de Thanka em Boudhanath

Escola de Thanka em Boudhanath

Escolhendo...

Escolhendo…

Pashmina

O Nepal é famoso por seu cashmere. Ali é realmente possível encontrar peças de qualidade por preço interessante. Também é possível encontrar empresas que fazem pashminas de alto padrão e de luxo, e também as fakeminas, que são as pashminas que não são de cashmere e são feitas na China. Se for muito barato, desconfie! As lojas sérias vão explicar quando é um blend/ mistura de tipos de fio, se são 100% cashmere etc. Encontrei ótimas pashminas com preço interessante perto do OR2K, numa esquina da Mandala Street. São fabricantes e paguei algo em torno de USD 30,00 cada, mas isso porque trouxe várias. Negocie. Algumas lojas mais bonitinhas também estão presentes, como é o caso da Nature Knit, onde também comprei uma blusa. As peças ali já são mais caras e paguei algo em torno de USD 90,00 na peça. Nessas é fixed price e não dá pra negociar. As luvas dessa loja eram fantásticas e em todas as cores. Mas se você gosta de itens de luxo, vai amar a Tara Oriental. Eles fabricam as colchas de cashmere da Harrods, as Pashminas da Hermés e Burberry. Mas na sua loja própria vendem apenas itens de coleção própria, com a marca Tara Oriental. Foram as estampas mais lindas que vi e comprei algumas lá também, pois mesmo caras tê qualidade excelente. Eles vendem pashminas 100% cashmere a partir de USD200,00 e os blends a partir de USD 90,00 até USD 150,00. Recomendo muito essa loja.

2016-10-02 - Kathmandu - Thamel (7)

Itens de Turquesa e Coral

São as pedras do Nepal e Tibet e existem muitas lojas vendendo peças com pedras verdadeiras e prata ou ouro branco, que são bem caras. Não comprei nada, mas existiam pingentes lindíssimos. Se quiser bijouterias nessas cores, o Thamel também está cheio e também são lindas e com um preço bem mais amigo. Estas pedras também estão presentes em peças como Budas, Ganesh etc.

Peças de papel machê

Originalmente de Caxemira, na Índia, este tipo de trabalho é muito visto no Nepal. As peças são lindas, todas pintadas à mão e super baratas! Trouxe cumbucas, enfeites de natal e caixinhas, além de vários presentinhos.

Caixinhas e demais coisas todas pintadas a mão e coloridas!

Caixinhas e demais coisas todas pintadas a mão e coloridas!

Os elefantes eram maravilhosos! Pena que não cabia na mala!

Os elefantes eram maravilhosos! Pena que não cabia na mala!

Buda e divindades do hinduísmo

Este tipo de artesanato pode ser encontrado em diversas faixas de preço, já que depende do material usado, dos detalhes, se tem pedras ou não. Geralmente feitos de metal ou pedra. Na rua do Radisson tem uma loja pequena mas muito legal para comprar este tipo de arte.

Divindades em metal e as pedras que falei antes! Tudo lindo demais e rico em detalhes!

Divindades em metal e as pedras que falei antes! Tudo lindo demais e rico em detalhes!

Papelaria artesanal de papel reciclado

Estes itens são muito populares e incrivelmente baratos por lá. Eles fazem calendários, luminárias, blocos, cartões e cadernos. Tudo na faixa de USD 2,00.

Além de tudo isso você ainda vai encontrar muitas livrarias, lojas de mapas, DVDs piratas (!!!), lenços, lojas com bolsas indianas, almofadas e demais badulaques. Dá para enlouquecer de verdade!

A pessoa aqui sentou no chão e mandou ver! Lá se foram rúpias!

A pessoa aqui sentou no chão e mandou ver! Lá se foram rúpias!

Gente, espero que vocês tenham gostado e que também fiquem na vontade de conhecer essa cidade caótica mas ao mesmo tempo encantadora!

Obrigada pela visita e até o próximo post!

Beijos!

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Comentários:

  • MARCIO

    17 de março de 2018

    Parabéns Natália pelo post! Muito completo. Pensando em ir para o Nepal em janeiro de 2018. @marcionomundo

    responder…
  • Priscila

    12 de junho de 2019

    Natalia, otimo post! Onde fica a regiao central das compras que voce foi com o guia? Voce acha que vale a pena ir até la para compras? Obrigada!

    responder…
      • Priscila

        24 de junho de 2019

        Obrigada pela sua resposta, mas eu não estava me referindo ao Thamel, mas sim a essa região que você descreve:

        Além de andar pelo Thamel, onde ficam os turistas, nosso guia nos levou bem no centrão de Kathmandu, onde os nepaleses fazem suas compras e vivem. Foi uma das experiências mais legais, pois pudemos ver de perto a realidade das pessoas e não só a parte turística da coisa! Se você acha que o Thamel é lotado, experimente dar uma volta por aqui! Tem que cuidar para não se perder!

        Obrigada!

        responder…

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